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Capital

Ataque em escola volta a causar medo e retoma discussão sobre segurança

Nessa quinta-feira, adolescente esfaqueou a mãe de um aluno, em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís

Izabela Cavalcanti | 19/05/2023 11:34
 Viatura da Polícia Militar em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na Avenida Calógeras, após mãe de aluno ser esfaqueada (Foto: Alex Machado)
 Viatura da Polícia Militar em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na Avenida Calógeras, após mãe de aluno ser esfaqueada (Foto: Alex Machado)

O caso do adolescente, de 15 anos, que esfaqueou uma advogada, de 46 anos, nessa quinta-feira (18), na Escola Municipal Bernardo Franco Baís, fez voltar a discussão sobre segurança nas escolas. O menino é ex-aluno da unidade e atingiu a mulher nas costas, enquanto ela deixava o filho.

Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado informam que as ações de prevenção continuam, mas há relatos de unidades sem presença do efetivo. Exemplo disso é a Escola Professora Marina Couto Fortes, no Bairro Guanandi.

Funcionária, de 41 anos, que preferiu não se identificar, disse que desde abril, quando ocorreram ameaças nas escolas, não vê guarda municipal no local.

“Teve a promessa que teria guardas e botão de pânico e não foi feito nada para nós. A gente sente muita insegurança, é uma região complicada. A gente tem medo em relação a esses ataques, igual aconteceu ontem na escola. Estamos esperando um guarda que fique fixo”, lamenta.

Ainda de acordo com a servidora, o colégio “toma” um quarteirão inteiro, o que não torna difícil de pular o muro.

Ontem mesmo, após o ataque, pais de alunos disseram à reportagem que estavam inseguros.

Ações continuam – Tanto o Governo do Estado como a Prefeitura de Campo Grande informaram que as ações de segurança continuam.

“A administração municipal continua mobilizada para proteger a comunidade escolar, colocando a segurança dos estudantes como absoluta prioridade de trabalho da Guarda Municipal Metropolitana”, diz parte da nota enviada ao Campo Grande News.

Ainda conforme a prefeitura, o fechamento dos portões não permitindo acesso nem mesmo aos familiares durante a permanência dos alunos na escola; incorporação de 109 servidores da Guarda Civil Metropolitana; disponibilidade de viaturas exclusivas para rondas escolares; e o desempenho dos agentes patrimoniais foram fatores determinantes para que houvesse uma resposta rápida diante do acontecido.

A prefeitura disse também que está prestando todo o apoio aos estudantes, familiares e a toda a comunidade escolar. As aulas serão mantidas e sem nenhuma alteração do cronograma escolar previsto.

A Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública) informa que todos os protocolos de segurança e o Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar, implantados e treinados anteriormente, estão sendo seguidos.

Em relação ao ataque de ontem, a Sejusp informa tratar o ocorrido como fato isolado, porém, para prevenir e reprimir toda e qualquer agressão no ambiente escolar, mantém em pleno funcionamento, desde 2017, o Programa Escola Segura, Família Forte, com rondas diuturnas e constantes nas escolas de Campo Grande.

Além disso, mantém intensificado o policiamento e rondas nas proximidades de todas as escolas e ativos o Grupo de Ações Integradas de Segurança e o Gabinete de Gestão Integrada para monitoramento das escolas de todo o Estado.

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