Bandidos usam empresa de informática para aplicar golpe do falso boleto
Boletos em nome da empresa Belaitech Automação Comercial estão sendo enviados a clientes, porém são falsos
Criminosos estão usando o nome da empresa Belaitech Automação Comercial para emitir boletos falsos e tirar dinheiro de clientes em Campo Grande e no interior do Estado. Os boletos variam de R$ 500 a R$ 4 mil.
A empresa já registrou denúncia junto a Polícia Civil sobre o golpe, mas os boletos continuam chegando no e-mail dos clientes.
De acordo com a empresária Lívia Peres Ferencz, 32 anos, proprietária da Belaitech, os golpes começaram no fim do ano passado, quando um cliente que já havia pago uma dívida reclamou por ter recebido a cobrança novamente em seu e-mail.
“A partir daí, nós começamos a receber muitas reclamações dos clientes. Acreditamos que nosso servidor tenha sido invadido, e que eles tenham pego o cadastro dos clientes para enviar os boletos”, disse.
Conforme a empresária, após registrar a denúncia, a empresa acreditou que os golpes cessariam. No entanto, este ano, outros clientes reclamaram do recebimento dos boletos.
“Já fizemos uma reformulação do servidor para deixá-lo mais seguro, mas as reclamações continuam, por isso gostaríamos de alertar os clientes para que não paguem boletos suspeitos sem antes nos comunicar”, explicou Ferencz.
Recentemente, além da cobrança indevida, os criminosos passaram a enviar uma mensagem dizendo que irão "protestar o título", caso os clientes não paguem a dívida.
A empresa tem mais de 10 mil clientes cadastrados e, somente nesta semana, já recebeu reclamações de 20 pessoas, relatando o golpe. A orientação da Polícia Civil é que todos registrem o crime, investigado como estelionato.
Como funciona o golpe - O golpe dos falsos boletos ocorre quando o código de barras de um boleto é adulterado para que o valor pago vá para uma conta indevida. O boleto adulterado pode chegar na casa do cliente ou ser adulterado na emissão pela internet.
Boletos sem prestação de serviço podem ser enviados para a população indiscriminadamente. O nome da empresa que aparece nos boletos e os valores cobrados confundem as vítimas que acreditam se tratar de uma cobrança obrigatória.