Briga em academia começou após médico "ficar atrás" de mulher, diz casal

A confusão na academia Bluefit, no Bairro São Francisco, na noite desta quinta-feira (13), continua, agora na forma de troca de acusações. Um casal afirma que a discussão começou após um médico se recusar a sair de trás da mulher, que realizava uma série de agachamentos. O acusado, por sua vez, afirma que as alegações são “absolutamente inverídicas”.

A nutricionista de 28 anos relatou ao Campo Grande News, sob a condição de anonimato, que percebeu o celular do médico apontado em sua direção enquanto treinava. “Teve até uma situação em que fui colocar o peso, ele estava olhando para o celular e, quando olhei para ele, já olhou de volta, como se estivesse me vendo. Tive a certeza de que ele estava me gravando”, afirmou.

Desconfortável, a mulher enviou uma mensagem ao namorado, um autônomo de 32 anos, pedindo para que ele fosse até o local. Ele ficou em frente à companheira para evitar o contato visual do médico, mas afirma que o homem pediu para que ele saísse.

"Falei ‘ô brother, você está deixando a moça constrangida, ela quer agachar e você fica em cima dela’. [...] Daí começou a bater boca, dizendo que ele era médico, isso e aquilo. [...] No final, entrou uma galera na frente e eu chamei ele para ir para fora para sair na porrada e ele não quis ir, disse que iria ligar para o pai dele” , contou o autônomo.

O namorado da nutricionista afirma que foi agredido com um soco antes de começar a arremessar pesos na direção do médico. “Ele conseguiu uma brecha e me deu um soco. Pegou de leve, mas me deu. Foi aí que peguei os pesos e arremessei nele”, disse.

O Campo Grande News tentou contato com o médico pelo Instagram, mas não obteve resposta. No entanto, a reportagem teve acesso a uma nota publicada pela defesa do acusado nas redes sociais, na qual ele classifica as alegações do casal como “absolutamente inverídicas” e diz que tomará medidas judiciais nas esferas cível e criminal.

A nota ainda critica a divulgação de um vídeo do casal, alegando que apresenta uma “versão unilateral e falsa, gerando uma narrativa prejudicial à honra e integridade” do médico.

“Ressaltamos que as acusações deverão ser comprovadas em juízo, sob pena de responsabilização penal, e não por meio de exposições irresponsáveis que podem induzir o público ao erro. Solicitamos que todos aguardem os esclarecimentos de forma responsável”, finaliza o comunicado.

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