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Capital

Busca por vacina contra a gripe tem extremos entre unidades de saúde

Enquanto alguns dos postos 24 horas tinham filas neste domingo, outros quase não registraram procura pela imunização

Mirian Machado | 28/04/2019 18:20
Fila se formou no CRS Tiradentes e o tempo de espera chegou há uma hora (Foto: Paulo Francis)
Fila se formou no CRS Tiradentes e o tempo de espera chegou há uma hora (Foto: Paulo Francis)

A busca pela vacina contra a gripe provocou alguns extremos em diferentes unidades de saúde de Campo Grande neste domingo (28). Enquanto o CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes teve uma grande fila em sua na sala de vacina, a unidade 24 horas no bairro Nova Bahia manteve a tranquilidade durante todo o doa, com uma fraca procura.

Entre pais com crianças e idosos, Magnolia Seba, de 80 anos, aguardava há uma hora para poder se imunizar no CRS Tiradentes. Ela conta que trabalha durante a semana e, por isso, optou por vir no fim de semana. “Sempre tomo as vacinas. Minha carteirinha está cheia, em dia. Estou aqui há quase uma hora, mas o jeito é esperar”, disse, ressaltando que não tem medo de vacina e muito menos acredita nos mitos sobre a imunização.

Fernando Henrique Barbosa, de 40 anos, levou os netos de 1 ano e meio e de 3 anos para se vacinarem. Também para ele, o trabalho durante a semana e a correria do dia a dia fez com que muita gente optasse pelo fim de semana. “Cheguei agora e como ele não para eu fico aqui cuidando enquanto minha filhar aguarda na fila”, explicou.

Sem se identificar, uma funcionária afirmou que, pela manhã e mesmo sob chuva, a quantidade de gente ainda era maior e a fila chegava a dobrar os corredores dentro do CRS Tiradentes.

CRS Nova Bahia vazio na tarde deste domingo (Paulo Francis)
CRS Nova Bahia vazio na tarde deste domingo (Paulo Francis)

Calmaria – O dia ocorreu tranquilo até demais na unidade do Nova Bahia. O atendimento era rápido diante da pouca quantidade de gente que aparecia para se imunizar. E assim foi o dia todo, segundo funcionários.

Anderson Ribeiro Sevalho, de 36 anos, foi com a mulher levar o sogro para se vacinar. Menos de cinco minutos depois de chegarem, foram atendidos. “Durante a semana o horário de vacinação é o mesmo do nosso expediente e, por isso, não conseguimos trazer, mas realmente está bem vazio, achei até que iria demorar um pouco”, contou ele, animado pela agilidade.

A Sesau (Secretária Municipal de Saúde) informou que os balanços sobre a vacinação são disponiblizados apenas nas sextas-feiras. Na última (27), apontava-se que mais de 35 mil pessoas haviam sido vacinadas em Campo Grande, dentro da meta de se imunizar 219.615 pessoas dos grupos de risco.

Ainda conforme a Sesau a campanha segue normalmente, sem interferências ou falta de vacina. A medicação está disponível nas 68 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família). Estes locais estão abertos de acordo com o horário estabelecido por cada unidade para atender a população do grupo de risco.

Aos finais de semana, a vacinação é realizada em quatro Centros Regionais: Nova Bahia, Tiradentes, Aero Rancho e Coophavilla II. As salas de vacinação estarão abertas das 6h15 às 17h45, sem intervalo para o almoço.

Números – Nesta segunda-feira (29), a Sesau coloca em operação um ônibus para realizar a imunização na região central da Capital. E, em 4 de maio, acontece o Dia D, quando se espera intensificar a campanha. A vacina é eficiente contra as principais cepas do vírus Influenza, que causa a gripe, incluindo o H1N1, H3N2 e Influenza A.

Até 26 de abril, a Saúde estadual contabilizada 302 notificações da doença no Estado, com três casos confirmados (dois de H3N2 e um de H1N1) e uma morte, por H3N2, em janeiro. No mesmo dia, a Secretaria de Saúde de Três Lagoas anunciou um segundo óbito pela doença, por H1N1. Uma idosa de Batayporã também faleceu com sintomas da doença no mesmo dia.

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