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Capital

Campo Grande deve ser 1ª capital a concluir rede de esgoto até 2029

Ainda 15% dos bairros não contam com o serviço de esgotamento

Izabela Cavalcanti | 02/08/2023 12:23
Centro de Controle de Operações da Águas Guariroba (Foto: Paulo Francis)
Centro de Controle de Operações da Águas Guariroba (Foto: Paulo Francis)

Campo Grande deve estar com o esgoto totalmente universalizado até 2029, sendo a primeira capital do Brasil a atingir o feito. O prazo diminui em 4 anos o previsto pelo Marco Legal do Saneamento, que é até 2033. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2), pelo presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, durante reunião na Águas Guariroba para debater o assunto.

“O saneamento é a infraestrutura mais importante para a vida das pessoas. Mato Grosso do Sul tende a ser um dos estados que universalizará o saneamento mais rápido. Em Campo Grande, tem o objetivo de universalizar até 2029 e deve ser a primeira capital a universalizar. O Estado está muito avançado tanto em água quanto em esgotamento sanitário. Mato Grosso do Sul realmente é revolucionário para o saneamento”, destacou Édison.

Atualmente, Campo Grande tem 85% do esgoto concluído, faltando, ainda, 15% para ser concluído. Segundo o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, o Los Angeles é o bairro que mais necessitava dessa demanda. Por lá, a expectativa é de finalizar as obras até 2024.

Diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira (Foto: Paulo Francis)
Diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira (Foto: Paulo Francis)

"O Los Angeles era o bairro que mais pedia que as obras chegassem. Hoje, nós atendemos 30% do bairro com rede de esgoto. Com as obras que começaram esse ano, nossa projeção é contemplar 60% do bairro até o fim do ano, 10% a mais do que a meta estabelecida em contrato. E, até o fim do ano que vem, nossas equipes terminam a implantação de toda rede de esgoto no Los Angeles", explicou.

Ainda conforme Themis, neste ano, foram 150 quilômetros de rede de esgoto sendo implantados em dez bairros de Campo Grande. “Isso é o maior conjunto de obras de esgoto em um só ano na história de Campo Grande. Para o ano que vem estamos estimando outros 150 quilômetros ou algo parecido para conseguir cumprir 2029 com 100% de esgoto para a cidade”, completou.

Outro assunto debatido foi o programa Escolas Saneadas, lançado no ano passado. O objetivo é priorizar a universalização do serviço de esgotamento sanitário em 116 escolas públicas de Campo Grande, beneficiando cerca de 50 mil estudantes com a construção de aproximadamente 27 mil metros de rede de esgoto.

Segundo dados do Ranking Nacional do Saneamento, elaborado pelo Instituto Trata Brasil com informações do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), Campo Grande atualmente é uma das capitais do Brasil com o menor índice de perdas, tendo índice de 19% de perdas, enquanto a média nacional é de 40%.

Estado - Diferente da meta de Campo Grande, Mato Grosso do Sul tem o objetivo de alcançar a totalidade de esgoto, no Estado, até 2030.

Conforme o diretor-presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), Renato Marcílio, Mato Grosso do Sul tem 60% de esgoto.

“Esse percentual é muito bom, mas ainda tem municípios que estão atrasados. A nossa meta é equalizar isso, nós temos um objetivo grande para a gente fazer atingir acima de 90% antes das metas do plano do saneamento. A meta é ambiciosa, mas temos qualidade na empresa e no parceiro e temos uma vontade de ser o primeiro estado a universalizar o esgoto”, disse.

O diretor-presidente da Ambiental MS Pantanal, Paulo Antunes, explica que nem todos os municípios devem atingir a universalização do esgoto até 2029, como Campo Grande.

“Cada município tem um contrato com a Sanesul e vamos cumprir todos os contratos, a meta de universalização do novo marco é de 90%, Mato Grosso do Sul com a PPP [Parceria público-privada] deve alcançar essa meta entorno de pouco mais de 4 anos, mas o nosso contrato é 98%. Então alguns municípios poderão estar com mais de 90% e outros um pouco menos. No entanto sem prejuízo para ninguém porque nós chegaremos a 98% em 2030”, finalizou.

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