Campo Grande voltará a sofrer com fumaça vinda de países vizinhos
Mudança na direção dos ventos coloca a Capital sul-mato-grossense na rota da fumaça
No “corredor da fumaça” de incêndios que atingem a Amazônia, Bolívia e Paraguai, Campo Grande deve voltar a ser coberta por fumaça neste domingo (01), de acordo com a meteorologia.
Conforme o professor Widinei Alves, do LCA (Laboratório de Ciências Atmosféricas) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a mudança na direção dos ventos fará com que a Capital esteja na rota da fumaça que percorre diversos estados, vindos da Amazônia e de incêndios nos países vizinhos.
Apesar de próximo, o fogo que atinge o Pantanal não deve contribuir para a “névoa” que chegará em Campo Grande. Por conta do fogo, todo o material orgânico, fauna e flora, transformado em partículas dispersas no ar se espalha na atmosfera e afeta a saúde da população.
Entre os riscos para a saúde, a preocupação é maior com as doenças de trato respiratório. “As partículas podem chegar ao pulmão, coração e as mais finas, ao cérebro, podendo causar AVC (Acidente Vascular Cerebral). A recomendação é usar máscara, evitar atividade física, deixar a casa fechada para evitar que a fumaça entre e colocar umidificador” explica Widinei.
Mais uma vez
No dia 8 de agosto, Campo Grande amanheceu coberta pela fumaça dos incêndios que atingiam a região do Pantanal, e que até agora não conseguiram ser 100% controladas.
Neste sábado (31), é completado 151 dias em que os brigadistas estão atuando para combater e prevenir os incêndios que atingem o Estado há meses. A previsão para os próximos dias é de estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas.
Diante deste cenário, as equipes mantêm as ações de vistoria nos pontos atingidos e também nas regiões onde estão instaladas as bases avançadas, mais especificamente Nhecolândia e Paiaguás.
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