Cansados de furtos, moradores pedem demolição de casa invadida por usuários

Na quadra, localizada na Rua Anhanguera, entre as vias General Alcoforado, Dona Carlota, Manoel Vieira de Souza, onde 12 medidores de energia elétrica foram furtados de 3 residenciais, os moradores afirmam que estão cansados da quantidade de furtos que vem ocorrendo na região. Eles pedem a demolição de uma casa que foi invadida há 2 anos por usuários de drogas.

Conforme a vizinhança, os ocupantes desse imóvel são ladrões, a maioria é monitorado por tornozeleira eletrônica, que furtam objetos para vender ou trocar em bocas de fumo. “A polícia faz batida na casa e não encontra nada. Porque eles não deixam ai, eles levam para vender na Vila Nhanhá, em pontos conhecidos como Castelo de Grayskull ou na Casa Verde", reclamou o comerciante Antônio Arcanjo, de 55 anos.

No fim de semana, os relógios de luz e a fiação, que foram furtados, ficam do lado de fora das propriedades. Alguns deles são protegidos por portões com grades, mas mesmo assim foram levados pelos ladrões. No outro, residencial, a Energisa já fez a substituição. Alguns imóveis ficaram sem energia por causa do furto.

Câmeras de segurança que ficam numa escola flagraram a ação de dois dos suspeitos, um deles aparece de boné e o outro, com mochila nas costas. Segundo as testemunhas, os dois são moradores da casa, que virou o pesadelo da redondeza.

“Sábado à noite eu vi um rapaz sentado na calçada e fiquei cuidando. Cansei de cuidar e fui dormir. Ontem de manhã, o vizinho veio me perguntar se tinha luz na minha casa. Falei que tinha. Quando fomos ver, tinham furtado os fios e os relógios de luz do padrão do residencial. Eles fizeram um limpa”, lamentou Suely Sandim, de 60 anos. Ela mora há 32 anos, ao lado de um dos condomínios que foi alvo dos ladrões.

Na Rua Anhanguera, na esquina, também fica a residência e a mercearia, no mesmo terreno, de Antônio e da mulher dele, Ivanilde Flor de Araújo, de 53 anos. O casal mora no bairro há 45 anos.

Eles disseram que por volta das 8h de sábado, um dos ladrões entrou no imóvel e levou o celular da família que estava carregando na cozinha. “Antes do furto, um deles veio aqui dizendo que estava com fome e pediu um salgadinho. Meu marido deu e ele foi embora”, disse Ivanilde.

Na sequência, o mesmo rapaz, segundo a comerciante, aproveitou que o portão estava aberto e furtou o celular. O casal só se deu conta do furto, quando Antônio pediu o carregador da esposa emprestado. “Fui pegar o carregador e não encontrei o celular. Ele tinha furtado. Toda a semana a gente tem problema com esses usuários de droga”, disse.

Nervoso com a situação, o comerciante pegou o carro, foi até a casa invadida pelos suspeitos e fez três deles o levar até o endereço onde eles trocam os objetos furtados, que fica na Vila Nhanhá. “Rodei com os caras em umas 20 bocas de fumo atrás do celular. Só deixei de lado e voltei quando um homem aleatório disse que sabia onde estava, mas eu tinha que pagar R$ 500 para ele falar”, contou.

Em julho, reportagem do Campo Grande News já havia mostrado uma confusão envolvendo os "moradores" da residência invadida, na Rua Anhanguera. Na ocasião, um homem foi flagrado pela reportagem espancando outro com um pedaço de madeira. A polícia foi acionada e levou os envolvidos para a delegacia.