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Capital

Cão vira-lata que salvou dona de 3 anos de pit bull passa bem

Paula Maciulevicius | 05/10/2011 20:15

Seguindo instinto, cachorro protege criança de ataque de pit bull. “Fofinho” teve ferimentos e levou quatro pontos

“Fofinho” ainda vai ficar em observação depois de machucados causados pelo pit bull. (Foto: João Garrigó)
“Fofinho” ainda vai ficar em observação depois de machucados causados pelo pit bull. (Foto: João Garrigó)

História de filme com características da vida real. Foi seguindo o instinto animal de proteger o dono, que o cachorro da raça vira-lata “Fofinho” salvou sua dona, de apenas 3 anos de idade, da fúria de um pit bull.

A coragem trouxe a ele cinco pontos e várias lesões pelo corpo, mas nenhum arranhão à menina. O caso foi na manhã desta quarta-feira, no Jardim Carioca, em Campo Grande. Ainda em observação, Fofinho passa bem e quem atesta é a médica veterinária Helen dos Santos.

“Ele está bem, sem nenhum lesão interna maior, mas ainda vai ser acompanhado por 24 horas”, explica.

Até o fim da tarde desta quarta-feira ele não havia se alimentado.

Em entrevista nesta manhã, a mãe da criança que por pouco não foi atacada, contou que a menina estava na sala de casa, quando o pit bull invadiu o local.

“Ele já foi para cima da minha filha”, contou Kenya Suelen, 16 anos. A menina só não foi atacada porque “Fofinho” entrou na frente e foi mordido pelo animal.

Arrastado, ele foi levado pelo pit bull para o meio da rua. Momento em que vizinhos jogaram pedra, na tentativa de que o cão feroz soltasse o vira-lata. O animal só largou o vira-lata depois de quase ser atropelado.

Na clínica veterinária ele já estava um pouco mais faceiro. Quietinho, esperava enquanto a médica mostrava os ferimentos.

“Ele teve algumas lesões por causa das mordidas e aqui um arranhão por ter sido arrastado”, mostra.

O fato de “Fofinho” ter salvado a criança é explicado pela médica veterinária. Segundo Helen, os cachorros tem o instinto de proteger tanto o dono como o próprio território.

“Se ele vê outro animal entrando ele vai proteger o dono e o território que é dele”, acrescenta.

Só na Capital este é o segundo caso de crianças atacadas por cães da raça pit bull em pouco mais de 15 dias. No dia 21 de setembro, Maria Carolina Samaniego Ferreira, 10 anos, foi atacada por dois cães pit bull quando ia para a loja de materiais de construção do pai, como faz quase todos os dias, no bairro Zé Pereira.

Maria Carolina foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa, onde teve de dar pontos nos ferimentos causados pelos animais.

A médica veterinária orienta para que as pessoas que queiram criar animais voltados para a defesa da casa, como é o caso de pit bull, que sociabilize o seu cachorro.

“Eles são cães de guarda e não podem ser incentivados para serem mais bravos ainda, eles já vem de uma linhagem agressiva, é preciso socializá-los”, explica.

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