Casinhas de projeto que alimenta e cuida de gatos na UFMS estão sumindo
Professores coordenam projeto de extensão que alimenta os felinos, mas as casinhas onde os potes de ração são deixados estão desaparecendo há duas semanas
Há três anos professores que observavam a condição e o número cada mais elevado de gatos presentes no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande resolveram organizar a assistência que já era realizada e cadastraram o projeto de extensão “Proteção Felina UFMS”. Agora, as casinhas que guardam os potinhos de ração onde os felinos recebem alimento estão sumindo.
A situação foi denunciada na página de facebook “Segredos UFMS”. “Os gatos ficam desesperados, com fome, com sede e muito assustados. Nós do projeto já andamos repondo os potes, que novamente desapareceram”, afirma a publicação.
Coordenadora do projeto, a professora do curso de jornalismo Taís Fenelon explicou que a situação ocorre há ao menos duas semanas. Há cerca de 10 casinhas, todas adquiridas com recursos dos voluntários, espalhadas pelo campus e quase todas desapareceram.
“Ainda não sumiram as do R.U [Restaurante Universitário] e da ponte do Glauce Rocha, mas o resto sim. Tinha até uma casinha com cadeado, passamos uma corrente com cadeado”, contou. Agora, o grupo pretende conversar com a reitoria e com outras repartições da Universidade, para tomar providências.
O projeto alimenta, cuida, castra e até encaminha para a adoção os felinos, que são cerca de 100 no campus. Ainda assim, pessoas se aproveitam do Proteção Felina para abandonar os animais na Universidade. “A gente não divulga muito porque estimula o abandono lá no campus, está tendo muito abandono de fêmea grávida, muitos filhotes aparecem lá. É difícil encaminhar para adoção, quando é manso a gente divulga no facebook”, diz.
Os potinhos de ração, explica, ficam armazenados dentro das casinhas para serem protegidos da chuva. “Tem vários professores envolvidos, de diversas áreas, veterinária, odontologia, matemática, aluno de graduação, pós-graduação e sociedade civil”, explica Taís. As castrações são realizadas no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e já atingem 80% dos gatos.
“A gente alimenta com ração que a gente mesmo compra, se a gente vê um gato doente a gente leva pro veterinário, a gente passa remédio, a gente cuida. As professoras que fazem a alimentação vão todos os dias alimentar, tem um ponto que tem 30 gatos que comem ali”, comenta.