Caso de gêmeas siamesas é raro e elas não podem ser separadas
Caso das gêmeas siamesas é raro e pode não ser revertido
As gêmeas siamesas, que foram transferidas para o Hospital Maternal Infantil em Goiânia (GO), estão estáveis, mas o estado de saúde ainda é grave. Segundo o cirurgião pediátrico e responsável pelas meninas, Zacharias Calil, o caso é raro e, provavelmente, as meninas não sobrevivam a cirurgia de separação.
Essa patologia pode ocorrer em 1 a cada 100 mil crianças nascidas vivas. O médico relata que a situação das meninas é rara e é causado por má formação. “Eles são chamados gêmeos conjugados, Tóraco onfalópagos, pois são unidos pelo tórax e abdômen”, explica.
O estado de saúde das meninas ainda é grave, mas o médico relata que uma delas está melhor. “Uma das meninas teve uma pequena piora na oxigenação, mas as duas ainda estão entubadas”, afirma.
Ele conta que a cirurgia de separação ainda não é opção para elas, pois podem não sobreviver a operação. “Conversei com a mãe e a nossa prioridade é a sobrevida das meninas, então ainda não pensamos em cirurgia. Nesses casos, as crianças não sobrevivem, pois são muito pequenas e frágeis”, explica Zacharias.
“Essa é uma cirurgia de grande porte, delicada. Elas podem sofrer no processo instabilidade respiratória e cardíaca, o que deixa quase impossível a separação delas. Podendo ficar unidas para a vida toda”, acrescenta o médico.
Gêmeas – Elas nasceram dia 28 de novembro em Campo Grande, prematura de 34 semanas. As meninas são unidas pelo tórax e abdômen e dividem um coração e fígado.
As gêmeas foram transferidas para o Hospital Materno Infantil, de Goiânia (GO), na segunda-feira (16) e estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica.