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Capital

Caso de pecuarista mostra que engasgo pode matar não só crianças e idosos

Médica Kellen Alves Teodoro explica que o engasgo leva a pessoa a ter uma parada cardiorrespiratória

Por Viviane Oliveira | 04/12/2023 12:37
Ricardo era convidado da festa de casamento, passou mal e não resistiu (Foto: reprodução / Facebook)
Ricardo era convidado da festa de casamento, passou mal e não resistiu (Foto: reprodução / Facebook)

No fim de semana, o caso do pecuarista Ricardo Lago Zaher, de 30 anos, que morreu engasgado, chamou atenção. Como uma pessoa tão jovem pode morrer por conta de um pedaço de carne? E o que fazer se presenciar caso semelhante? Ele era convidado de festa de casamento, no buffet Yoted, de Campo Grande, no Parque das Nações Indígenas, e não resistiu apesar de socorro.

Segundo a médica Kellen Alves Teodoro, emergencista do Hospital Santa Casa, quando for identificado o engasgo deve ser feita a manobra de Heimlich, procedimento de primeiros socorros para desobstruir vias aéreas bloqueadas. “Uma pessoa fica atrás do paciente e com a mão fechada e a outra aberta faz movimentos de compressão na região do estômago, até a eliminação do corpo estranho”, explicou. Enquanto isso, outro familiar deve acionar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) pelo 192 e solicitar ajuda.

Médica falando sobre o assunto (Foto: reprodução / Santa Casa) 
Médica falando sobre o assunto (Foto: reprodução / Santa Casa)

A pressão criada pela manobra de Heimlich no estômago ajuda a deslocar o objeto pela garganta, liberando as vias aéreas. “As pessoas mais vulneráveis são as crianças e os idosos. Os idosos devido às próprias fragilidades da idade e comorbidade prévias com sequelas”.

Conforme a médica, neste ano, atendeu quatro casos de engasgo em idoso com evolução para parada cardiorrespiratória”.

Manobra de Heimlich salva vidas em caso de engasgo (Foto: reprodução) 
Manobra de Heimlich salva vidas em caso de engasgo (Foto: reprodução)

A maioria dos casos com engasgos, conforme a emergencista, são com carne, em geral, nos churrascos de família. “Dependendo das comorbidades do paciente, pode ser mais comum engasgo com alimentos mais sólidos”. Segundo a médica, a melhor forma para evitar engasgos é mastigar pausadamente e sem pressa.

Incidente - Sobre o caso do pecuarista Ricardo, o boletim de ocorrência registrado como morte a esclarecer não diz que o que o laudo verificou e se o pecuarista realmente morreu engasgado com carne. Mas segundo registro, foi esse o motivo apontado pelo Corpo de Bombeiros.

Os militares informaram à polícia que fizeram todos os procedimentos necessários de reanimação, durante 1 hora e 17 minutos, mas o pecuarista não resistiu. O óbito foi constatado às 19h05.

O corpo chegou a ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Coronel Antonino, mas em seguida foi para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Ainda de acordo com registro policial, não havia sinais de violência no cadáver. O rapaz foi velado e sepultado neste domingo no Parque das Primaveras.

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