CCZ alerta sobre procedimentos para recolhimento de animais de rua
Entidade confirma ser a responsável pelo recolhimento de animais abandonados, mas alerta sobre condições para que os mesmos sejam considerados “de rua”
O aparecimento de um gato no bairro Caiçara, sul da Capital, serviu de alerta para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) orientar a população sobre como proceder no achado de animais de rua. Moradores relataram ao Campo Grande News que ouviram negativa do órgão para recolhimento do animal que, via assessoria, confirmou sua responsabilidade nesse tipo de resgate.
O ativista Haroldo Borralho informou à reportagem que, há alguns dias, um gato de rua apareceu na região de sua casa, na rua Anicieto da Costa Rondon. O animal aparenta estar cego e doente, com feridas no corpo, mas se mostra arisco quanto a aproximação de pessoas. “O CCZ disse que não poderiam pegar porque somos responsáveis, mas ele não é nosso”, explicou. “E se fosse um cachorro com raiva?”.
Embora preocupados com o aparecimento do animal, Borralho disse que ele e vizinhos ofereceram alimentos ao gato, que tem “estranhado” outros animais na rua. A possível doença tem gerado apreensão, justamente pela possibilidade de transmissão para outros animais ou mesmo pessoas.
Por meio da assessoria da prefeitura, o CCZ explicou que é responsabilidade do CCZ recolher animais em situação de rua ou abandono. “Caso o animal não seja agressivo e a pessoa tenha condições, é recomendável que ele seja levado ao CCZ. Se a pessoa não tem condições de levar esse animal, basta entrar em contato”, explica o órgão.
Neste caso, deve ser solicitado o recolhimento do animal, sendo agendada visita –recomenda-se indicar o local onde o animal está ou, mesmo, tentar mante-lo sob tutela, para que não fuja. Os telefones são o (67) 3313-5000 e (67) 3313-5001. O CCZ funciona na Avenida Filinto Muller, 1.601, Vila Ipiranga (na região do Lago do Amor).
Apesar de admitir sua responsabilidade no caso, o CCZ informa que alimentar animais de rua é passível de punição, conforme o Código Sanitário Municipal. Além disso, o tempo pelo qual o animal está sob tutela do cuidador é considerado no ato de resgate –o que pode fazer com que ele não seja considerado mais um animal de rua.
“Por isso é extremamente importante que, ao ver um animal em situação de abandono, a pessoa entre em contato imediatamente com o CCZ e evite recolher ou tratar esse animal, pois será mais complexo o processo de entrega ao órgão”, destacou a entidade. Animais recolhidos ao centro recebem tratamento e, quando recuperados, são encaminhados para adoção.
Outra alternativa muito comum por meio de redes sociais é o contato com organizações não-governamentais que realizam resgates e tratamento de animais –e que, em geral, dependem da colaboração da sociedade para o tratamento e cuidados dos pets resgatados, até que encontrem um lar definitivo.