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Capital

Cezário só teve trégua de três meses depois de ganhar liberdade

Ele estava em casa nesta manhã (28), quando foi levado por agentes do Gaeco

Por Cassia Modena e Antonio Bispo | 28/08/2024 08:35
Francisco Cezário entrando em viatura do Gaeco, estacionada em frente à sua casa (Foto: Henrique Kawaminami)
Francisco Cezário entrando em viatura do Gaeco, estacionada em frente à sua casa (Foto: Henrique Kawaminami)

O presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, 78, voltou a ser preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quarta-feira (28). Ele foi levado em uma viatura por volta das 8h, quando estava em casa, na Vila Taveirópolis, em Campo Grande.

Ele retorna à prisão três meses após ganhar liberdade. Cezário havia conseguido autorização judicial para sair do Presídio Militar da Capital para ir para o Hospital Cassems, com suspeita de infarto, em 5 de junho. De lá, voltou para a residência dois dias depois usando tornozeleira eletrônica.

A irmã de Cezário, Francisca Rosa de Oliveira, 64, estava no local e se mostrou indignada com a nova prisão.

Francisca Rosa de Oliveira, a irmão de Cezário (Foto: Henrique Kawaminami)
Francisca Rosa de Oliveira, a irmão de Cezário (Foto: Henrique Kawaminami)

"Fomos pegos de surpresa. Até agora, nós estamos sendo vítimas de uma coisa que nós não estamos nem sabendo. Porque não existe nada que diga que houve esse desvio de dinheiro. Primeiro, porque não existe Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que realmente investigue desvios financeiros, atividades financeiras. Ninguém entende o motivo desse tipo de ação", declarou, após o presidente afastado ser levado por uma viatura.

Francisca também falou da saúde do irmão. "Está fazendo fisioterapia porque está com má circulação nas pernas, é cardíaco. É uma pessoa doente", falou.

O preso, os agentes e a defesa de Cezário não se manifestaram ainda.

Investigações - O Gaeco deflagrou, em 21 de maio deste ano, a Operação “Cartão Vermelho”. Ela investiga o desvio de R$ 6 milhões na federação, que ocorreu entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023. Enquanto presidente, Cezário, tinha participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e de verbas públicas.

Além de Francisco Cezário, que passou quase 30 anos à frente da entidade, outras seis pessoas foram presas, suspeitas de participação no esquema. Enquanto estava preso pela primeira vez, ele pediu afastamento do cargo de presidente.

A entidade conta atualmente com um interventor. Estevão Petrallás, ex-presidente do Operário, foi encarregado pela CBF para administrar o futebol local de forma interina.

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