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Esportes

Com mais 90 dias, interventor quer expandir torneios de futebol de base

Conforme presidente interino, Estevão Petrallás, serão lançados campeonatos das categorias sub-9 e sub-11

Por Clara Farias | 27/08/2024 11:49
Estevão Petrallás em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Estevão Petrallás em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Com mais 90 dias de mandato interino de Estevão Petrallás, como presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), o objetivo agora é expandir os torneios de futebol de base. Em entrevista ao Campo Grande News, nesta terça-feira (27), Petrallás afirmou que serão lançadas as competições do sub-9 e sub-11.

Conforme o presidente interino, a decisão de mantê-lo foi da própria CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e assinada pelo diretor jurídico da confederação. "Acreditamos claramente que foi prestigiado o trabalho que foi executado nesses primeiros noventa dias", afirmou Estevão.

Hoje, os membros da FFMS estão reunidos para definir as próximas ações da prorrogação do mandato. Uma delas será o lançamento dos torneios da categoria sub-9 e sub-11. "Que nós, em 90 dias, mostramos que é possível fazer um futebol transparente, digno, principalmente prestigiando as categorias de base", disse o interventor.

A portaria também prorroga por 90 dias o afastamento de Francisco Cezário de Oliveira, que no mês de maio foi alvo da operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Conforme o documento, as medidas são destinadas à preservação dos interesses da FFMS.

Cezário é conhecido como o "dono da bola" no futebol do estado, onde ficou no comando da federação por quase 28 anos. Ele estava no sétimo mandato e ficaria no cargo até 2027. Durante a investigação, que durou 20 meses, o Gaeco apurou o desvio de R$ 6 milhões na FFMS.

Francisco Cezário de Oliveira, sendo preso durante operação Cartão Vermelho (Foto: Henrique Kawaminami)
Francisco Cezário de Oliveira, sendo preso durante operação Cartão Vermelho (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo a nota da promotoria, uma das formas de desvio realizadas por Cezário, eram saques em espécie de contas bancárias da federação, em valores abaixo de R$ 5 mil, para que os órgãos de controles não fossem alertados. Ainda conforme a promotoria, os valores eram, posteriormente, divididos entre os integrantes do esquema.

Os sete réus da operação Cartão Vermelho, Rudson Bogarim Barbosa, gerente de Tecnologia da Informação da FFMS, os irmãos Aparecido Alves Pereira, Valdir Alves Pereira e Francisco Carlos Pereira, Umberto Alves Pereira e seu filho, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira, ficaram presos por 37 dias.

Em 27 de junho, a 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), aceitou o pedido de Habeas Corpus e substituiu a prisão preventiva dos envolvidos por medidas cautelares, com o uso de tornozeleira eletrônica.

O líder do grupo, Francisco Cezário, ficou preso por 15 dias, até que precisou ser transferido às pressas para o Hospital da Cassems, com fortes dores no peito. No local, ele passou por cateterismo no dia 5 de junho. No mesmo dia, a Justiça concedeu o habeas corpus, autorizando o uso de tornozeleira eletrônica.

O Campo Grande News tem tentado contato com Cezário desde então, mas o ex-presidente prefere não se manifestar. Nesta terça-feira, uma equipe esteve na casa dele, mas um funcionário alertou que Cezário estava no médico, e está ficando pouco na residência.

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