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Esportes

Pretallás diz que CBF o intimou a assumir Federação e que missão é indesejada

Ex-Operário disse que nenhum outro gestor gostaria de estar em sua posição, devido ao momento delicado da FFMS

Por Jhefferson Gamarra e Caroline Maldonado | 07/06/2024 13:28
Estevão Petrallás, presidente interino da FFMS durante discurso (Foto: Marcos Maluf)
Estevão Petrallás, presidente interino da FFMS durante discurso (Foto: Marcos Maluf)

A Câmara Municipal de Campo Grande realizou uma audiência pública na manhã desta sexta-feira (7) para discutir o futuro do futebol profissional em Mato Grosso do Sul. O evento foi uma resposta à recente Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que resultou na prisão do então presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, e outros 11 membros da entidade.

A audiência contou com a participação de vereadores, ex-atletas, dirigentes e desportistas do Estado. Um dos pontos centrais da discussão foi a legitimidade da intervenção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na federação local. A CBF nomeou Estevão Petrallás, ex-presidente do Operário Futebol Clube, como presidente interino da entidade.

Petrallás, que compareceu ao encontro, explicou que foi intimado pela CBF a assumir o comando do futebol sul-mato-grossense, destacando que nenhum outro gestor gostaria de estar em sua posição, devido às inúmeras irregularidades reveladas pela operação do Gaeco.

“Eu fui intimado a CBF para estar aqui representando hoje o futebol. Alguns de vocês queriam estar nesse papel, substituir a direção da Federação nesse momento crítico, convalido, judiado, arriscado? Eu acho que ninguém queria estar nisso, a não ser os que querem benefício próprio, que não é o meu propósito”, esclareceu o presidente interino.

Além disso, Petrallás fez questão de rechaçar as acusações de que sua imagem, ainda associada ao Operário, poderia prejudicar sua gestão na federação. Ele enfatizou que, durante seu mandato interino, atuará em benefício de todos os clubes e não apenas do Operário.

“Eu serei presidente nesse período interino para todo mundo, não existe a Estevão operariano. Eu sou operariano, como eu sou santista, como eu torço para o Fluminense, e por isso eu não quero em momento algum ser taxado como presidente operariano, eu sou torcedor do operário. Eu serei presidente nesse período, fique muito claro, para todos”, afirmou.

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