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Capital

Chuva foi intensa em toda Capital, mas afeta cada realidade de forma diferente

Em barraco de lona, família só podia torcer para a água não levar o pouco que tem

Por Kamila Alcântara e Raíssa Rojas | 19/04/2025 10:29
Chuva foi intensa em toda Capital, mas afeta cada realidade de forma diferente
Água ficou em redor do barraco, montado em uma área invadida (Foto: Osmar Veiga)

Morando em um terreno invadido, entre o viaduto da Avenida Duque de Caxias e o Rio Anhanduí, uma família enfrentou o temporal da madrugada deste sábado (19) abrigada em um barraco de lona. A água ficou a poucos centímetros de invadir a moradia improvisada. Se a situação piorasse, a única alternativa era sair de carro e esperar o nível baixar.

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Uma família que vive em um terreno invadido em Campo Grande enfrentou um temporal abrigada em um barraco de lona, com a água quase invadindo a moradia. A chuva intensa, causada por uma frente fria, acumulou 99,4 mm na região do Aeroporto Internacional. O caminhoneiro Aparecido Verner, sua esposa Danielle e a filha Selena vivem há oito meses no local devido à falta de emprego e ao alto custo do aluguel. A Defesa Civil e outros serviços de emergência estão disponíveis para ajudar em casos de alagamentos e deslizamentos.

A madrugada foi intensa para toda Campo Grande, com acumulado de 99,4 milímetros de chuva na região do Aeroporto Internacional. Mas, para quem vive há oito meses na Rua Marco Antônio, na Vila Romana, essa já é a segunda noite seguida de medo e insegurança.

O caminhoneiro Aparecido Verner, de 55 anos, a esposa Danielle Oliveira, de 32, a filha Selena, de 11, e os animais de estimação chegaram ao local como muitas famílias que acabam em ocupações irregulares: o emprego ficou escasso e o aluguel, inacessível.

Chuva foi intensa em toda Capital, mas afeta cada realidade de forma diferente
"Piscina" se forma ao lado do viaduto da Avenida Duque de Caxias, na saída para Terenos (Foto: Osmar Veiga)

“Estamos todos um pouco doentes, então a noite já estava difícil. Quando a água começou a subir, pensamos em sair com o carro, rodar pela cidade e voltar só quando a água baixasse. Mas, quando amanheceu, percebi que nem dava para sair daqui”, contou Aparecido.

Blocos de concreto que sustentam o barraco foram essenciais para evitar que a enxurrada levasse o pouco que têm. “É sempre muito rápido. Estamos bem perto do córrego. E como não temos outro lugar para morar, aqui é o suficiente”, completa Danielle.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), a chuva intensa é provocada pela combinação de calor, umidade e a chegada de uma frente fria, que favorecem a formação de nuvens carregadas.

Em caso de alagamentos, deslizamentos ou outras situações de emergência, a população deve acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 ou pelo número fixo (67) 3314-6018.
Também estão disponíveis o Corpo de Bombeiros (193), a Polícia Militar (190) e o Samu (192). Para serviços municipais, a Prefeitura atende pelo 156.

Chuva foi intensa em toda Capital, mas afeta cada realidade de forma diferente
Horas após a chuva, água do terreno diminuiu; Aparecido observa a equipe de reportagem de longe (Foto: Osmar Veiga)

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