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Capital

Chuvas causam erosão e criam armadilhas em vias movimentadas

Alan Diógenes | 14/09/2015 16:40
Na Lúdio Martins Coelho, asfalto cedeu e duas faixas tiveram que ser interditadas. (Foto: Marcos Ermínio)
Na Lúdio Martins Coelho, asfalto cedeu e duas faixas tiveram que ser interditadas. (Foto: Marcos Ermínio)
Na Ernesto Geisel mais uma cratera se formou depois das chuvas. (Foto: Marcos Ermínio)
Na Ernesto Geisel mais uma cratera se formou depois das chuvas. (Foto: Marcos Ermínio)

Avenidas importantes e mais movimentadas da Capital estão repletas de buracos e alguns lugares o asfalto cedeu. O problema é reflexo das chuvas que atingiram a cidade na semana passada, e além de causar transtornos aos condutores, oferece risco de acidentes de trânsito aos mesmos que utilizam as vias diariamente.

A Avenida Ernesto Geisel, por exemplo, já é conhecida pelas erosões. Em vários pontos da via existem desvios por conta do barranco do Rio Anhanduí que desmoronou levando parte do asfalto.

Depois da temporada de chuva, uma nova cratera se formou no sentido bairro/centro, na região da Vila Nhá-Nhá. Parte da terceira faixa está interditada com cones e faixas refletivas. A via está com projeto de revitalização pronto, que custaria R$ 68 milhões, mas não sai do papel, apesar do dinheiro estar depositado na conta do município.

O comerciante Cláudio Balbino, 45 anos, mora em frente ao local da erosão e conta que até mesmo um veículo caiu dentro do córrego, após o motorista não enxergar o buraco no asfalto. Ele também falou que muitos freiam bruscamente ao não percebeu o buraco.

“Isso aqui é um perigo e risco de acidentes. Os motoristas vem em alta velocidade e não conseguem enxergar o buraco. Acho que deveriam tampar este buraco logo e colocar uma barreira de proteção para que veículos não caem mais dentro do córrego”, comentou Cláudio.

Na Avenida Lúdio Martins Coelho, o asfalto está quase cedendo e duas faixas da via tiveram que ser interditadas pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), no cruzamento com a Rua Tembés, no Jardim Leblon. Por lá o fluxo de veículos é devagar porque os condutores só têm uma faixa para trafegar.

O autônomo Márcio Amaral, 36 anos, que passa todos os dias pela avenida para ir ao trabalho, destacou os transtornos que o problema causou. “Muita gente que não está acostumado a passar pela avenida acaba passando pelo afundamento de asfalto. Aumenta o risco de acidentes e atrapalha o trânsito”, comentou.

Outras avenidas como as Macarenhas, Brilhante e Bandeirantes também possuem buracos que atrapalha a “vida” dos condutores. O risco de acidentes é iminente e muitos têm prejuízos ao consertaram os veículos danificados pelos buracos.

O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou que nos próximos 90 dias estão suspensos todos os pagamentos de obras, fornecedores e prestadores de serviço da prefeitura de Campo Grande e a execução dos contratos, mas garante que a medida não compromete serviços como o de tapa-buraco.

Há fornecedores, como os da merenda escolar e prestadores de serviço (caso da Solurb e das empresas do tapa-buraco) que estão sem receber, há dois e até seis meses. A própria equipe econômica do ex-prefeito Gilmar Olarte admitiu que até o final de agosto a dívida com fornecedores somava mais de R$ 60 milhões. O atraso é reflexo de um déficit financeiro mensal de R$ 30 milhões. As receitas somam R$ 110 milhões, enquanto as despesas atingem R$ 140 milhões.

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