Com 16 tiros pelas costas, jovem morreu no colo do pai, a caminho do hospital
Família faz vaquinha para conseguir um enterro digno e precisa arrecadar R$ 3,5 mil para tirar corpo do Imol
“Meu filho morreu no meu colo. Ele tentava falar, mas só saía sangue da boca dele”, disse o homem com a roupa cheia de sangue, identificado apenas como Moisés, já bastante desnorteado.
Ele é pai de Renan de Camargo Cândido, 23 anos, que foi executado com 16 tiros, neste sábado (4), por volta das 21h, na esquina de casa. “Tenho 41 anos e enquanto eu puder viver eu vou atrás de quem fez isso”, afirmou.
A família mora na Rua Fidélis Bucker, no Jardim Macaúbas, e tentou socorrer o jovem após o crime. “O Corpo de Bombeiros demorou a chegar. Conseguimos ajuda do vizinho, que emprestou o carro para levar ele até o posto de saúde. Mas ele chegou lá sem vida. Quando chegamos ao posto, o bombeiro chegou ao local”, disse a mãe da vítima, a comerciante Renata Adorvina de Camargo, 41 anos.
Ela disse que está destruída com a perda de Renan. “Toda vida foi meu companheiro. Isso pra mim é covardia. Atiraram pelas costas. Não vou chamar essa pessoa que fez isso de ser humano. Foi um bicho que fez isso com meu filho. Quero justiça divina e a dos homens, porque hoje quem chora sou eu. Amanhã pode ser a mãe de quem fez isso”, lamenta.
A avó de Renan, dona Regina Adorvina, disse que o neto era muito carinhoso. “Perdi uma parte de mim. Não sei o que vai ser daqui para frente. Precisamos de ajuda, porque não temos dinheiro para tirar ele de lá e fazer um funeral descente”, afirma.
A família está fazendo ‘vaquinha’ para conseguir R$ 3,5 mil para enterrar o corpo do jovem. O Pix para quem quiser ajudar é número de celular: (67) 9 9295-6206. Renan deixa uma esposa grávida de quatro meses.
A mãe mostrou para a reportagem as marcas das balas que ficaram nas roupas do filho. Segundo os familiares, o rapaz não tinha brigado com ninguém ou recebido ameaça de morte. A expectativa é que câmeras de segurança dos comércios em volta ajudem a solucionar o crime.
“Depois que mataram meu irmão, três motos voltaram para olhar o movimento da rua, por volta da 1h. Parece que eles vieram conferir o que tinha sido feito. Ficavam acelerando as motos na rua. Eram os mesmos que vieram matar ele”, disse o irmão mais velho de Renan, que não quis se identificar.