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Capital

Com 17 assaltos por dia, onda de roubos bate recorde em novembro

Renan Nucci | 07/12/2014 08:44
Criminosos que assaltaram distribuidora na Capital foram presos pela Derf. (Foto: Marcos Ermínio)
Criminosos que assaltaram distribuidora na Capital foram presos pela Derf. (Foto: Marcos Ermínio)
Secretário Wantuir Jacini afirma que a Sejusp tem investido em "inteligência" para tentar frear a criminalidade. (Foto: Marcelo Calazans)
Secretário Wantuir Jacini afirma que a Sejusp tem investido em "inteligência" para tentar frear a criminalidade. (Foto: Marcelo Calazans)

A média de 17 assaltos por dia fez de novembro o mês com a maior incidência deste tipo de crime nos últimos cinco anos em Campo Grande. De acordo com a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança) Pública, entre 1° e 30 do mês passado, foram registradas 503 ocorrências, o que representou aumento de 38% em comparação com o mesmo período de 2013. Em 2012 foram 265 casos, 362 em 2011 e 322 em 2010.

Em quatro casos ocorridos em novembro, famílias foram rendidas após terem suas residências invadidas no Conjunto Parati, Jardim Leblon e Vila Adelina. Em todos os casos, a maneira de atuação dos criminosos foram semelhantes. As vítimas eram abordadas no portão de entrada e, sob a mira de armas de fogo, levadas para o interior da casa, amarradas, jogadas sobre a cama ou trancadas em cômodos enquanto o local era revirado pelos assaltantes.

No dia 27, assaltantes invadiram a sede de uma empresa distribuidora localziada no Bairro Caiçara, renderam quatro funcionários e depois fugiram com documentos, telefones, dinheiro, talões de cheque e outros bens, causando um prejuízo estimado de R$ 1 milhão. Apesar do ocorrido, a Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) conseguiu prender rapidamente três dos quatros suspeitos.

Criminalidade - Este crescimento nos casos de roubos está diretamente ligado ao tráfico de drogas, afirma o secretario estadual de justiça e segurança pública, Wantuir Jacini. Segundo ele, a descriminalização do uso de entorpecentes também contribui para este cenário. “Os usuários cometem assaltos e delitos, como furtos, para alimentarem o vício. Como o uso não é mais crime, não cabe mais somente à polícia fazer a prevenção. Outras entidades devem participar deste trabalho, alertando sobre os problemas das drogas e desestimulando o tráfico”, disse.

Combate - Para tentar frear a criminalidade, a Sejusp tem aumentado os investimentos em segurança. Nesta semana foram entregues 166 novas viaturas que levam melhores condições a policiais e peritos da Capital e interior. Ao todo, a secretaria já entregou na atual administração 1.600 veículos avaliados em R$ 100 milhões. Novos equipamentos foram adquiridos, o efetivo foi aumento por meio de concurso e até delegacias sucateadas passaram por reforma, alega o secretário, destacando que o setor de inteligência merece atenção especial.

“A inteligência fornece todas as informações necessárias para um trabalho efetivo das forças de segurança, principalmente as ações repreensivas. Aliada a uma boa ostensividade, consegue levar mais eficácia no combate ao crime”, completou.

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