Com 82% dos leitos ocupados, taxa de internados na Capital é pior desde dezembro
Levantamento inclui internação por qualquer agravo de saúde; hospitalizações por covid reduziram, mas ainda preocupam
Em média, na última semana, 82% dos leitos clínicos de Campo Grande estão ocupados por pacientes de qualquer agravo de saúde. Esse índice é o maior desde 25 de dezembro, mês mais crítico da pandemia do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul.
É importante ressaltar que foram calculados pacientes tanto de covid-19 quanto de outras doenças e comorbidades.
Nesse quesito, o pior período foi em 9 de dezembro, quando 87% dos leitos clínicos estavam ocupados na Capital. Já o momento em que houve mais "arrefecimento" dessas estruturas de saúde foi 4 de janeiro, com média de 67%.
Apenas covid-19 - Em 18 de dezembro, a Capital atingiu o ápice na internação por covid-19 em terapia intensiva, com média de 116%. O excedente (16%) era justificado pelas autoridades em Saúde devido a leitos já existentes, mas que ainda não tinham sido "contabilizados" oficialmente pelo Ministério da Saúde.
Esse índice começou a decair nas próximas semanas, e atingiu, em 28 de janeiro, índice de 67%. Desde então, há uma certa "estabilização", o que indica que mesmo que o cenário não esteja piorando, ele não apresenta sinais de melhora.
Diferença de leitos - Os leitos de terapia intensiva, ou UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), segundo a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) são unidades destinadas à "internação de pacientes graves ou de risco, que requerem atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias aos diagnósticos e terapêutica".
Portanto, para a covid-19, as UTIs são utilizadas para acomodar pacientes com casos mais complexos e graves da doença.
Já o leito clínico é, ainda segundo normas da EBSERH, destinado a acomodar pacientes de "qualquer especialidade clínica", não havendo tamanha complexidade, mas ainda assim é considerado um tipo de internação.
Dados - Levantamento feito pelo Campo Grande News, com base em dados disponibilizados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), calculou a quantidade de vagas ocupadas em hospitais em comparação com o total de leitos disponibilizados, chegando a taxa de ocupação em um determinado dia.
Estão inclusas todos os hospitais de Campo Grande nessa conta: Santa Casa de Campo Grande, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Hospital Universitário, Maternidade Cândido Mariano, Clínica Campo Grande, Hospital Adventista do Pênfigo, Cassems, Hospital do Câncer, El Kadri, Hospital Infantil São Lucas, Hospital Nosso Lar, Hospital São Julião, Unimed e Proncor.