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Capital

Com dois voos em atraso, aeroporto da Capital sente "efeito dominó" da greve

No Aeroporto de Campo Grande, temor é pelo atraso em voos de escala em outros aeroportos

Silvia Frias e Mariely Barros | 19/12/2022 08:45
Aeroporto Internacional de Campo Grande deve sofrer o "efeito dominó" da paralisação. (Foto: Henrique Kawaminami)
Aeroporto Internacional de Campo Grande deve sofrer o "efeito dominó" da paralisação. (Foto: Henrique Kawaminami)

A greve iniciada hoje por pilotos e comissários, embora não tenha sido deflagrada no Aeroporto Internacional de Campo Grande, teve efeito cascata, com pelo menos dois voos atrasados. A preocupação é de quem depende de escala onde a paralisação será realizada por prazo indeterminado.

Somente no Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo, foram 20 voos em atraso, porém, a Infraero não informa quantos estão diretamente ligados à paralisação. A greve, aprovada na última quinta-feira (15), teve início hoje (19) com previsão de interromper os trabalhos das 6h às 8h.

Em Campo Grande, dois voos chegaram com pouco mais de 20 minutos de atraso, sendo um que veio de Brasília, da Latam, que deveria chegar às 8h e pousou às 8h25, e um da Gol, que veio de São Paulo, com previsão de aterrissagem às 7h45, mas que chegou às 8h20. No painel, os outros voos aparecem como confirmados, como o que virá de Campinas, pela Azul, às 8h55.

Gilson está h[a 7 anos sem ver os pais. (Foto: Henrique Kawaminami)
Gilson está h[a 7 anos sem ver os pais. (Foto: Henrique Kawaminami)

Oficialmente, a Infraero não repassou informações sobre a situação local, mas a reportagem apurou que a paralisação, desde cedo, afetou os desembarques, com atrasos não superiores a 25 minutos.

O professor Gilson Nunes, 42 anos, chegou de Caarapó hoje cedo de ônibus, mas somente vai embarcar para São Paulo à tarde. De lá, segue para Brasília e, posteriormente, para o interior do Pará, por volta das 15h. “Estou torcendo para que não tenha problemas, ou vou atrasar em todos os aeroportos”. Nunes está ansioso para rever os pais, depois de sete anos sem encontrar os dois.

Há um ano sem voltar para casa, em Brasília, o estudante de medicina Gregori Cruvinel Loulw, 37 anos, hoje, residente em Pedro Juan Caballero, aguardava o voo que deveria sair às 8h35 e sairia somente às 9h20. Ele saiu cedo de ônibus de Ponta Porã para evitar atrasos e soube da paralisação. “A expectativa é alta para ir para casa”.

Voos provenientes de Brasília e São Paulo sofreram atrasos logo cedo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Voos provenientes de Brasília e São Paulo sofreram atrasos logo cedo. (Foto: Henrique Kawaminami)

A advogada Fernanda Barreto, 40 anos, respirou aliviada ao ver o avião que chegava de Brasília com os três filhos. É a primeira vez que o adolescente de 16 anos e as duas meninas de 10 anos viajavam sozinhos e voltavam de encontro com o pai, que monitorou a volta deles. “Como que já sabia do atraso, cheguei do serviço há pouco e eles estavam chegando.

Fernanda estava aliviada com a chegada dos filhos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fernanda estava aliviada com a chegada dos filhos. (Foto: Henrique Kawaminami)

Greve – Os aeronautas cobram melhores condições de trabalho e reajustes salariais. No sábado, 17, o Tribunal Superior do Trabalho apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que foi aceita pelo SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), mas rejeitada pelos empregados, que decidiram manter a greve.

Fazem parte da paralisação os profissionais dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, bem como Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Viracopos em Campinas, além de Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.

#matéria atualizada às 9h24.

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