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Capital

Com impasse nas negociações com a Prefeitura, professores mantém greve

Antonio Marques | 11/06/2015 18:30
A Prefeitura rejeitou a contraposta dos professores e a greve continua por tempo indeterminado. (Foto: Marcelo Calazans)
A Prefeitura rejeitou a contraposta dos professores e a greve continua por tempo indeterminado. (Foto: Marcelo Calazans)

Com impasse nas negociações entre Prefeitura e os professores, a greve na Reme (Rede Municipal de Ensino) vai continuar por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada no final da tarde de hoje, 11, durante a assembleia da categoria na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação.

Durante a reunião, enquanto os professores aguardavam chegar a resposta do Executivo municipal sobre a contraproposta apresentada pela categoria na terça-feira, 9, o advogado da entidade Ronaldo Franco esclareceu aos presentes que havia apresentado o recurso ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) no final do prazo regimental e que eles ainda teriam mais uns dez dias, no mínimo, de greve até que os desembargadores julguem sua solicitação. “Pedi ao Tribunal que explique como deve ser cumprido o retorno de 66% dos professores às escolas.”

O presidente da ACP, Geraldo Gonçalves Alves, ressaltou que ser for considerado funcionamento de toda a rede municipal, o sindicato já estaria de acordo com a decisão do TJ, uma vez que os 100 Ceinfs (Centro de Educação Infantil) e as escolas que não aderiram à paralisação já somam o índice de 66% em atividades. “Não estaríamos descumprindo a determinação do Tribunal e isso não prejudica nosso movimento”, declarou.

Impasse – Na última segunda-feira, 8, a Prefeitura apresentou uma proposta à direção do sindicato, que previa o reajuste de 8,5% parcelados até o mês de dezembro de 2015, sendo 0,5% em junho e 1,33% nos meses seguintes, até o final do ano.

Na terça-feira, a categoria rejeitou a proposta do Executivo e sugeriu que os 13,01%, conforme prevê o reajuste anual do piso salarial do magistério, fossem divididos em sete parcelas, sendo 1% para os meses de junho e julho; 2% em agosto, setembro, outubro; e 3,01% em dezembro. Dessa forma a reposição do piso estaria atendida.

Porém, depois de dois dias fazendo os estudos de impacto na folha de pagamento da educação, a Prefeitura manteve a proposta de segunda-feira, mantendo a posição de não poder pagar os 13,01%, previsto na legislação. “Foi feita a discussão e a categoria decidiu aprovar a manutenção da paralisação até que o Executivo reveja o posicionamento e cumpra a lei do piso”, destacou Geraldo Alves.

Na manhã desta sexta-feira, os professores vão fazer manifestação em frente ao Paço Municipal para cobrar do prefeito que atenda à categoria. No período da tarde vão fazer panfletagem no centro da Capital para esclarecer à população os reais motivos da paralisação. A reportagem fez diversas ligações ao secretário de Administração e interino da pasta da Educação, Wilson do Prado, para esclarecer a resposta do Executivo, mas, diferente dos dias anteriores, ele não atendeu as ligações.

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