Com Lei Seca mais severa, mortes no trânsito têm queda de 14,8% na Capital
O número de mortes no trânsito de Campo Grande caiu 14,8% de janeiro a outubro deste ano, em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com os dados do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito). Um dos fatores que contribuíram com a queda foi a reformulação da Lei Seca, que aumentou a penalidade para os condutores que dirigem embriagados.
Os dados do GGIT mostram que em 10 meses de 2013, 94 pessoas morreram no trânsito da Capital. Já neste ano, no mesmo período, foram 80 casos. A maior queda foi a de motociclistas, já quem no ano passado 58 condutores morreram, mas em 2014 o número diminuiu para 50.
As mortes de pedestres também caíram. Em 2014 foram 10 óbitos, seis a menos em comparação com as 16 mortes de 2013.
Os óbitos de condutores e passageiros de carros registraram pouca queda, em relação a 2013. Foram seis mortes de motoristas, contra cinco do ano passado e quatro de passageiros, sendo que no mesmo período do ano anterior somente duas pessoas morreram.
Mas o número de vítimas fatais em bicicletas teve aumento. Segundo o GGIT, em 2013, 10 ciclistas morreram no trânsito de Campo Grande. Este ano o número aumentou para 13 vítimas, aumento de 30%.
Segundo o comandante da BPTran (Batalhão de Trânsito), tenente coronel Jonildo Theodoro, a reformulação da Lei Seca, em dezembro de 2012, contribuiu para a diminuição das mortes na Capital. “Com certeza contribuiu, pois mostrou mais ferramentas para punir o infrator”, comentou.
Ele destacou que a diminuição de óbitos no município foi grande, por conta das ações do batalhão. Durante todo o período de 2013 foram 116 mortes na Capital do Estado, comparando com as 82 vítimas fatais deste ano, até 16 de novembro de 2014, uma diminuição de 31 óbitos.
“Outro fator que ajudou na diminuição dos casos, foram as ações educativas feitas ao longo tempo. Já que a lei está mais rígida, fizemos ações e operações para alertar o motorista para não cometer este tipo de crime”, afirmou o comandante.
Mesmo com a diminuição, o comandante afirmou que a mudança de comportamento do campo-grandense é gradativa, por isso tantos alertas são feitos. “Alguns ainda dirigem embriagados. Ainda assim alguns jovens teimam em fazer, mas ainda tem diminuído o número de ocorrências”, relatou.
Ele ainda destacou o perfil das vítimas, que são jovens entre 18 e 25 anos, com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) tirada recente, se experiências no trânsito, como o caso de Thiago Figueiró do Amaral, 20 anos, e Raphael Martinho da Rocha, 24, que morreu no domingo em um acidente no Bairro Pioneiros, lembrou o Jonildo.