ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Com salários atrasados, médicos vão reduzir atendimento em maternidade

Paralisação parcial no atendimento deve começar a partir da próxima sexta-feira (20)

Adriano Fernandes | 16/12/2019 22:38
Fachada da maternidade na Marechal Candido Mariano Rondon, no Centro. (Foto: Paulo Francis)
Fachada da maternidade na Marechal Candido Mariano Rondon, no Centro. (Foto: Paulo Francis)

Médicos da Maternidade Cândido Mariano, devem reduzir o atendimento a casos de menor gravidade em protesto contra o atraso no pagamento de salários de aproximadamente 100 profissionais. O problema, conforme o Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) ocorre há pelo menos dois meses e foi assunto de reunião, na noite desta segunda-feira (16) entre a categoria e o sindicato.

Os médicos planejam reduzir em até 30% o atendimento a casos de urgência e emergência, e encaminhar os pacientes eletivos para outras unidades da Capital. Nessa terça-feira (17), o sindicato irá oficiar Ministério Público, CRM (Conselho Regional de Medicina) e secretarias municipal e estadual de saúde, informando sobre o prazo de até 72 horas para dar início a paralisação.

A medida, conforme o presidente do Sinmed-MS, Marcelo Santana Silveira, serve de alerta ao poder público sobre a delicada crise financeira que passa a unidade. O deficit mensal chega a aproximadamente R$ 500 mil e a falta de reajuste nos repasses a instituição é um agravante, segundo Marcelo.

“Os valores que estão sendo repassados para o hospital, não estão mais sendo suficientes para sustentar o funcionamento digno da unidade. Mas estamos abertos para intermediar a melhor solução, por que entendemos que a maternidade é um patrimônio da nossa cidade”, comentou.

Segundo Marcelo, a instituição recebe cerca de R$ 1,5 milhão por mês da esfera municipal, estadual e federal. O valor, no entanto, não estaria sendo reajustado, conforme o aumento dos custos para manter a unidade.

“Com o passar dos anos foi havendo um aumento no número de atendimentos, de partos. Nos custos com insumos que normalmente são muito caros. A maternidade está usando os recursos adquiridos com os convênios, para cobrir a defasagem do SUS então é preciso sentar e negociar um repasse mais adequado para as atuais necessidade da instituição. É um grito de socorro”, aponta Marcelo.

O sindicato ressalta que não descarta a possibilidade dos médicos decidirem pela suspensão da paralisação, caso o poder público apresente uma resposta para os atrasos. 

Nos siga no Google Notícias