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Capital

Com UPAs lotadas, Sesau encaminha 24 médicos para 6 unidades

Sesau informou que o aumento na demanda, em especial de crianças, ocorre por conta do retorno das aulas

Gabriel de Matos, Natália Olliver e Lucia Morel | 14/03/2023 17:45
Pacientes lotam UPA Coronel Antonino e aguardam atendimento (Foto: Paulo Francis)
Pacientes lotam UPA Coronel Antonino e aguardam atendimento (Foto: Paulo Francis)

A superlotação nos postos de saúde 24 horas de Campo Grande continua nesta terça-feira e são muitas reclamações de pacientes. Somente ontem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) teve que completar o quadro de médicos em seis unidades de saúde, totalizando 24 profissionais a mais através das unidades móveis.

Hoje também foram acionadas equipes, mas a quantidade não foi informada até a publicação deste material. As unidades que na segunda-feira precisaram de reforço foram Tiradentes, Leblon, Aero Rancho, Moreninha, Coronel Antonino e Universitário.

Nesta terça-feira a superlotação voltou a ser registrada nas UPAs Leblon, Universitário e Coronel Antonino e o Campo Grande News foi até duas delas. Vídeos enviados por leitores mostram vários pacientes aguardando atendimento nas unidades do Leblon e do Coronel Antonino.

Na UPA Leblon, a reportagem falou com Evellyn da Silva Freitas, de 30 anos. Ela estava com o filho de 4 anos apresentando febre, tosse e vômito. Eles tentaram atendimento em duas unidades de saúde antes de chegarem lá.

"Eu vim lá do Universitário tentando atendimento pediátrico para o meu filho de 4 anos. Aí falaram que tinha aqui, mas também não tem pediatra, só clínico geral. Vi muitas mães lá no Universitário, fui no Leblon e falaram que tinha pediatra só no Coronel Antonino", relatou Evellyn.

Diana da Silva Santi, 26 anos, mora no Jardim Aeroporto e teve de andar 20 km para tentar atendimento: "Já tem um tempo que estou aqui, meu marido ligou no 192 perguntando onde tinha pediatra, aí vim e não tem. Vou ter que esperar aqui, porque cheguei com pressão alta e tô tendo crise de ansiedade por causa do estresse".

Natália da Costa estava com duas crianças, uma com quadro de pneumonia e outra com virose. "Estou desde as 12h, trocaram as fichas, perderam e ainda passam na frente". A reportagem falou com ela por volta das 15h.

Mais reclamações são da UPA Coronel Antonino. Carla de Oliveira estava com o filho de 2 anos. Ela falou com o Campo Grande News assim que chegou lá e acreditava que não ia ser atendida rápido: "Porque perguntei e falaram que está demorado, menos que ontem, mas está. Vou ficar aí porque já saí do serviço pra ver essa febre dele e esperar pra fazer o exame de sangue".

Carla de Oliveira andou mais de 20 km em busca de atendimento para o filho (Foto: Paulo Francis)
Carla de Oliveira andou mais de 20 km em busca de atendimento para o filho (Foto: Paulo Francis)

Pela escala de hoje da Sesau, à tarde, havia sete pediatras no Coronel Antonino e seis no Universitário. Lembrando que três destes sempre ficam destacados para atendimentos de emergência, ala vermelha e setor de observações. Apenas o restante atende nas consultas.

A escala diária de clínicos gerais e pediatras atendendo nos postos 24 horas pode ser conferida na página da Sesau no Facebook aqui ou ligando para o Samu, no 192.

Justificativas da Sesau - A Secretaria informou, em nota, que o aumento na demanda por atendimento, em especial de crianças, ocorre por conta do retorno das aulas nas escolas da Capital.

"Logo após o início das aulas é comum constatar um crescimento no número de atendimentos nas unidades de urgência e emergência, principalmente em crianças com sintomas respiratórios", destacou a nota.

Em relação às equipes móveis acionadas para suprir a demanda, a Sesau explicou que esse procedimento acontece quando é registrado um número elevado de pacientes aguardando atendimento.

Além disso, a Secretaria disse que as consultas não ocorrem em ordem de chegada quando são casos de urgência. O tempo protocolar de espera é de 4 horas. "É importante ressaltar que o atendimento em unidade de urgência e emergência não acontece de acordo com a ordem de chegada, e sim com a regulação de risco do paciente, sendo que aqueles com maior gravidade possuem prioridade".

UPA Leblon com fila de pacientes no corredor esperando atendimento (Foto: Paulo Francis)
UPA Leblon com fila de pacientes no corredor esperando atendimento (Foto: Paulo Francis)
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