De médicos escalados, metade ou menos é destacada para consultas, diz Sesau
Após reclamações, prefeitura diz que médicos se dividem entre emergência, ala vermelha e observação
Após mais uma tarde de reclamações sobre falta de médicos, a prefeitura argumenta que, apesar da população achar que a escala prevê números de profissionais que não é o real, o quadro é preenchido de forma correta, ocorre que nem todos são para emergência.
Tomando por base a escala médica dos postos de saúde 24 horas que atendem urgências e emergências, menos da metade dos profissionais destacados para atendimento nessas unidades fazem as consultas. Se o horário prevê, por exemplo, cinco clínicos gerais, apenas dois atenderão em ambulatório e os outros três estarão na emergência, na ala vermelha e na observação.
Nota da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em reposta à demora no atendimento de adultos e crianças nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Coronel Antonino e Universitário informou que “a equipe está dividida em vários setores da unidade”.
Assim, “existe o profissional que está destacado para fazer o atendimento às urgências que chegam na unidade via serviço de socorro, como SAMU e Corpo de Bombeiros, outro médico está responsável pelo monitoramento dos pacientes na ala vermelha, e mais um é responsável por aqueles que estão em observação”.
Os demais médicos destacados ficam “no atendimento em consultório, onde é realizada a consulta do paciente que chega ao local por meios próprios”. Na tabela de hoje, por exemplo, a UPA Coronel Antonino contava, à tarde, com seis pediatras e assim, somete três deles atuavam em ambulatório.
Já na UPA Universitário, hoje à tarde havia cinco responsáveis pelo atendimento a adultos e seis que realizam o atendimento a crianças, sendo nesse caso, apenas dois e três, respectivamente, para receber os pacientes em consulta.
Outra informação repassada pela Sesau é de que o atendimento em unidade de urgência e emergência não acontece de acordo com a ordem de chegada, e sim com a regulação de risco do paciente, sendo que aqueles com maior gravidade possuem prioridade. “Ou seja, um paciente com classificação laranja será atendido antes que um com classificação azul ou verde, que, por sua vez, tem tempo protocolar de espera de até quatro horas”.