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Capital

Com dengue e doença inflamatória, paciente espera ambulância há 18 horas

Operador de empilhadeira teve ainda reação alérgica a medicamento e precisa ir de UPA à Humap

Caroline Maldonado | 12/03/2023 16:23
Operador de empilhadeira Helton Miranda de Souza mostra sintomas de reação alérgica (Foto: Direto das Ruas)
Operador de empilhadeira Helton Miranda de Souza mostra sintomas de reação alérgica (Foto: Direto das Ruas)

Desesperada, a família de um paciente de 36 anos reclama da demora na espera por uma ambulância para levá-lo da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninha ao Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian). Com sintomas de dengue e gota, uma doença anti-inflamatória, o operador de empilhadeira Helton Miranda de Souza já tem vaga no hospital, mas só pode deixar a unidade em uma ambulância, que espera desde as 22h10 de sábado (11), ou seja, há 18 horas.

Chorando, a mãe, a auxiliar administrativo, Mari Miranda de Souza, de 60 anos, conta que o filho trabalha em uma indústria em Ribas do Rio Pardo e viajou 103 quilômetros na quinta-feira (9) até a Capital, onde foi atendido em uma UBS (Unidade Básica de Saúde). Ele ficou aguardando resultado de exames, mas piorou e teve que ir à UPA.

“O médico ia liberar para levarmos ele ao hospital, mas ele piorou muito, quase teve que ser entubado. Estou indignada, já vieram cinco ambulâncias buscar pacientes, nenhuma para meu filho e o caso dele é grave. Ele está bem debilitado, a face está inchada, o olho super fechado, não consegue levantar para ir ao banheiro”, conta a Mari.

A família acredita que Helton tenha tido uma reação alérgica a medicamento indicado na unidade básica e por isso piorou nos últimos dias.

“Não tenho condições de pagar uma ambulância. Custa mais de R$ 1 mil. Ele está piorando. Estou desesperada”, lamenta a mãe.

A reportagem pediu à SES (Secretaria de Estado de Saúde) informações sobre a demora para designação de ambulância ao paciente. A secretaria informou que a regulação é feita pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande).

A Sesau informou, no dia seguinte a publicação desta matéria, que o paciente chegou ao hospital, transferido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), às 17h de domingo (12).

"Vale ressaltar que a transferência deve ser feita através do serviço de atendimento móvel visando a manutenção do quadro de saúde do paciente, uma vez que a equipe poderá intervir em caso de qualquer intercorrência. Da mesma forma, a unidade hospitalar não aceita pacientes que tenham a vaga de transferência garantida e tenham se locomovido por meios próprios", dis a nota da Sesau.

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