Comerciante segue entregador de lanches e descobre golpe do PIX
Cliente apresentou comprovante do PIX com letras deformadas, o que deixou comerciante desconfiado
Hudson de Souza Pereira Galves, de 25 anos, foi preso em flagrante quando tentava aplicar o golpe do PIX em uma lanchonete do Bairro Universitário, em Campo Grande. Ele havia pedido R$ 230 em lanches e apresentou comprovante de pagamento falso.
O golpe foi percebido pelo proprietário da lanchonete após o pagamento não constar no banco. Desconfiado, ele seguiu o entregador de lanches e desvendou o crime. A polícia foi acionada e o golpista foi preso.
À polícia, a vítima, dono da lanchonete, contou que por volta das 21h15, recebeu um pedido via WhatsApp de um número de DDD 91, foto de uma mulher com nome de ‘Bia’. A pessoa pediu 5 lanches de R$ 42 cada e um refrigerante com um total de R$ 230. Inicialmente, o cliente disse que pagaria no cartão, depois, disse que pagaria por PIX.
O comerciante passou a chave do PIX e recebeu um comprovante com o valor acertado. Após terminar o lanche e despachar, foi visualizado que não havia caído o valor na conta. A vítima notou também que as letras do comprovante estavam um pouco deformadas, momento em que ligou para o motoentregador e pediu para aguardar, pois ele iria junto.
O dono do estabelecimento então seguiu o entregador de carro. Quando chegou ao local, no Jardim Canguru, Hudson se aproximou, a vítima então o questionou sobre o PIX que não havia sido debitado. O golpista então fugiu e ao tentar escalar um muro, foi agarrado pelo comerciante e caiu.
A Polícia Militar foi acionada e enquanto aguardava a chegada dos PMs, Hudson disse que tinha dinheiro e que pagaria os lanches, pediu ainda para que a vítima ficasse com dois celulares para liberá-lo, mas a proposta foi negada.
Com a chegada da polícia, Hudson destravou o aparelho celular, onde foram encontrados vários pedidos feitos em lanchonetes diferentes. O autor confessou que utiliza um aplicativo que apaga os dados de qualquer recibo.
Durante depoimento na delegacia, Hudson exerceu o direito de permanecer em silêncio.