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Capital

Contra aula presencial, professores da UFMS ameaçam greve

A ação é para tentar impedir que as aulas presenciais sejam retomadas antes de todos serem vacinados contra covid-19

Alana Portela | 03/03/2021 08:57
Assembleia ocorrerá hoje na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). (Foto: Paulo Francis)
Assembleia ocorrerá hoje na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). (Foto: Paulo Francis)

Na tentativa de evitar o retorno das aulas presenciais na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) antes de todos serem vacinados, professores ameaçam fazer até greve. A partir das 13h30 de hoje (3), eles devem se reunir numa assembleia geral para discutir o assunto.

“Há muitos anos não enfrentamos um contexto tão grave e nefasto que se coloca para os professores da rede de ensino superior público. Não apenas no atuar do magistério, nos obstáculos absurdos para realizar nosso trabalho, mas também agora com o fato da imposição de colocarmos nossas vidas, de nossas famílias e alunos em risco”, destaca o presidente da ADUFMS (Associação dos Docentes da UFMS), Marco Aurélio Stefanes.

A assembleia está sendo convocada pela ADUFMS, que fica dentro da universidade onde o debate vai acontecer.  Além do retorno às aulas presenciais em tempos de pandemia, os professores também pretendem discutir sobre outros assuntos urgentes que podem vir afetar a categoria, como a aprovação iminente da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 186/2019.

A proposta prevê a redução de salários e jornadas de servidores públicos, possibilitando a redução em até 25% de salários e jornadas de trabalho dos servidores.

Outro assunto que também será debatido é a PEC 32/2020, a chamada “reforma administrativa”. A proposta amplia a possibilidade de demissões por desempenho dos servidores na ativa. Isso, acabaria com a estabilidade no emprego para futuros servidores, além de limitar as pesquisas cientificas e projetos de extensão, etc.

O encontro de hoje tem como objetivo unir a categoria em busca de soluções.  “Nunca foi tão importante estarmos unidos como classe para lutar por nossos direitos, pela educação e por nossas próprias vidas", finaliza Marco Aurélio.

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