Contra mosquito da dengue, Crea fiscaliza canteiros de obras
Para tentar reduzir o número de casos de dengue em Campo Grande, o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) começou a fiscalizar as obras em andamento na cidade. O trabalho é realizado por 13 fiscais, que além de vistoriar a regularidade das obras do ponto de vista técnico, procuram focos do Aedes aegypti e orientam trabalhadores sobre como combater a dengue.
Nesta sexta-feira (11), os funcionários do Conselho passaram pelo bairro Monte Castelo, uma das 15 áreas em que a cidade foi dividida. A previsão é de que as vistorias sigam até o fim do período das chuvas na Capital e interior do Estado.
Este é o sétimo ano da campanha “Não de cobertura ao mosquito da dengue” e os fiscais do Conselho já observam uma mudança de comportamento por parte dos trabalhadores da construção civil.
“Antigamente as obras era sujas e mal cuidadas e desde que a campanha começou se observa a mudança no comportamento”, explicou Delma Ramos, gerente de orientação e fiscalização do Crea.
Nas obras, são vistoriados recipientes que possam acumular água como carrinhos de mão, betoneiras, masseiras e lonas. Ela também representa os engenheiros e agrônomos na comissão de combate à dengue da Prefeitura de Campo Grande.
Em caso de irregularidades de competência técnica, os responsáveis têm 10 dias úteis para regularizar a situação. Se for constado um foco do mosquito da dengue, a Prefeitura e a Sesau são notificadas e entram em contato com o responsável pela obra.
“As pessoas estão se conscientizando mais sobre a dengue e as obras estão mais limpas e organizadas”, comenta o agente de fiscalização Alisson Leite, um dos 13 que percorre as construções da cidade.
No próximo dia 22, os agentes do Crea se reúnem com a secretaria de Saúde para receber novas orientações sobre o combate a dengue.
Segundo a Sesau, nos últimos cinco dias 16.993 pessoas procuram as unidades de saúde com sintomas da dengue em Campo Grande. Dessas, 2.923 casos foram notificados como suspeito da doença.