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Capital

Contra nova doença, presídios terão triagem para evitar contaminação

Segundo Agepen, medida visa impedir que pessoas com sintomas, como tosse ou febre, entrem nas unidades

Liniker Ribeiro | 13/03/2020 17:10
Fachada do Presídio de Trânsito, em Campo Grande (Foto: Divulgação)
Fachada do Presídio de Trânsito, em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Esquema de prevenção será colocado em prática para evitar que o novo coronavírus chegue a circular em presídios de Mato Grosso do Sul. A medida anunciada pela Agepen (A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) foi discutida durante reunião do Consej (Conselho Nacional de Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária), ontem (12), em São Paulo (SP).

A partir de agora, servidores públicos, visitantes, advogados, defensores públicos e familiares de presos vão passar por uma triagem antes de entrar no sistema prisional. A medida visa impedir que pessoas que manifestem sintomas como tosse ou febre entrem nas unidades penais, prevenindo a população carcerária de se infectar com o novo coronavírus, o Covid-19.

Além do acompanhamento durante a triagem, também será distribuído álcool gel nas unidades. "Se alguém da área de saúde detectar algum tipo de tosse, gripe ou manifestação que indique suspeita de contaminação, evidentemente que vamos tomar as providências", disse o presidente do Consej e secretário da Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

Outra orientação do Consej, por meio do documento assinado por secretários de 24 unidades da federação, inclusive Mato Grosso do Sul, é a vacinação contra a gripe dos servidores que atuam no sistema prisional, assim como, dos presos, já no primeiro grupo de risco, possibilitando assim, o aumento da imunidade.

Polícia – O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) também demonstrou preocupação com o surto do novo coravírus pelo país e, em nota, cobra medidas por parte do governo para imunização e prevenção contra o Covid-19 aos policiais.

“Até o momento, não há um protocolo para prevenção ao contágio entre os policiais civis e o Sinpol cobra medidas como a distribuição de álcool em gel para higienização, máscaras faciais e luvas protetoras para os servidores”, apresenta a nota.

“Nossos policiais civis trabalham em condições de alta vulnerabilidade, em delegacias com custódia de presos e atendimento ao público, que os coloca em risco a todo momento, por isso, precisamos estar no grupo prioritário de prevenção de contágio”, ressalta o presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda.

Conforme o sindicato, atualmente, são 2160 policiais civis e peritos atuando nas delegacias de Mato Grosso do Sul, onde há 370 detentos (última atualização 09/03) e o atendimento diário passa de centenas de pessoas.

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