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Capital

Corpo carbonizado teria sido apedrejado para dificultar identificação

Rafael Ribeiro e Marcus Moura | 27/02/2017 11:47
Grande número de pedras sobre o corpo e ao redor dão mais indícios de assassinato (Foto: Reprodução/PM)
Grande número de pedras sobre o corpo e ao redor dão mais indícios de assassinato (Foto: Reprodução/PM)
Dona de casa que procurava tábuas de madeira foi primeira pessoa a avistar corpo (Foto: André Bittar)
Dona de casa que procurava tábuas de madeira foi primeira pessoa a avistar corpo (Foto: André Bittar)

O corpo encontrado carbonizado na manhã desta segunda-feira (27), no aterro de entulhos do Jardim Noroeste, em Campo Grande, pode ter sido apedrejado antes de ser queimado pelos assassinos, em uma tentativa de complicar ainda mais a identificação da vítima, segundo a polícia.

Peritos que foram ao local para colher evidências já relatam que apenas as pernas estão sem ferimentos profundos prévios. A vítima pode ter tido o meio corpo de baixo enterrado para ser alvo das pedradas.

O corpo foi encontrado por populares que estavam no local com muitas pedras colocadas na região de tronco e cabeça, o que faz com que a polícia avalie esse indício.


Antes, a polícia já informara que a vítima foi carbonizada dentro de pneus, em um processo conhecido pelos criminosos como “micro-ondas”. O método minimiza vestígios, pois destrói quase que completamente tecidos, ossos e outras pistas.


O procedimento indica aos investigadores métodos de execução conhecidos por serem utilizados por facções criminosas para assassinar desafetos ou inimigos.


“É muito cedo para afirmar qualquer coisa”, disse o delegado Alberto Luiz Miranda, titular do 3º DP (Carandá), responsável inicial pela investigação. “Não temos como afirmar mais nenhuma informação antes dos exames e laudos ficarem prontos”, completou.


Ainda não foram revelados dados como a idade estimada da vítima e até mesmo seu sexo. O trabalho no local continua sem previsão de terminar, segundo a Polícia Civil, que até a conclusão desta reportagem colhia depoimentos de testemunhas.


Uma delas é a dona de casa Maria das Dores Batista, 32, que foi ao lixão com o marido e os filhos para pegar tábuas de madeira com a intenção de construir uma cerca para sua casa, no mesmo bairro.


“Começamos a sentir um forte cheiro, muito ruim, e daí vimos as pernas. No começo pensei que era um animal morto, mas reparei nos dedos”, disse a mulher. “Foi quando decidimos chamar a polícia”, completou.

(Foto: André Bittar)
(Foto: André Bittar)
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