Corpo ficou em local visível, alega defesa de assassina para excluir ocultação
Advogado quer que a ré seja julgada por homicídio simples; foi feito dias após o resultado da perícia ser anexado à ação
A defesa da Pâmela Ortiz de Carvalho, que matou idosa esmagando a cabeça da mesma contra um meio-fio, alega que o cadáver foi deixado em local bem visível e por isso, a assassina confessa não deveria responder por ocultação de cadáver. O pedido de exclusão do crime e para que a ré seja julgada por homicídio simples foi feito dias após o resultado da perícia na cena do assassinato ser anexado ao processo.
O advogado Edmar Soares da Silva argumenta com dados contidos no próprio relatório pericial que o corpo foi encontrado a pouco mais de 8 metros do asfalto da Rua Sete, no bairro Indubrasil, em Campo Grande. Segundo o defensor, o “lugar de fácil visão, aberto, sem obstáculos que pudessem sugerir que ocorrera a ocultação de cadáver”.
A decisão de julgar ou não Pâmela pelo crime de esconder o corpo é do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Ela responde por homicídio qualificado.
O crime - Segundo as investigações da 7ª Delegacia de Polícia Civil e da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), o crime aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2019, após Dirce Santoro, de 79 anos, descobrir que a acusada estava usando seus cartões para compras pessoais sem autorização.
As duas teriam saído para resolver o problema naquele sábado, mas discutiram. Pâmela alega que a vítima tentou sair do carro em movimento e caiu. Nervosa, a assassina desceu e bateu a cabeça da idosa no meio-fio até matá-la.
Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina chegou a ir até a delegacia na segunda-feira (25) para ajudar nas buscas pela idosa. Ela só admitiu ter assassinado de Dirce ao saber que câmeras de segurança flagraram o momento em que ela saiu com a vítima no sábado.
Pâmela foi presa em flagrante, teve a prisão preventiva decretada e está no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”.