Corredor de transporte coletivo vira "pista de corrida" na Bandeirantes
Mesmo com placa dizendo a maneira correta de fazer a conversão à esquerda, imprudência é diária
Palco de dois acidentes com mortes em menos de uma semana, a Avenida Bandeirantes se tornou uma das mais perigosas de Campo Grande. Com o “embargo” dos corredores de transporte coletivo, os motoristas abusam da velocidade e não respeitam as diversas sinalizações instaladas, principalmente, quando precisam acessar as ruas à esquerda.
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A Avenida Bandeirantes em Campo Grande se tornou um foco de acidentes, com dois óbitos em menos de uma semana. Motoristas ignoram placas de sinalização, abusam da velocidade e não respeitam as faixas, especialmente ao acessarem a Rua Salim Maluf. Comerciantes da região relatam a frequência de colisões e a dificuldade de evitar o problema, apesar das placas e dos corredores de ônibus estarem paralisados. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) afirma que o problema principal é o excesso de velocidade, e não o corredor de ônibus, e que a imprudência ao fazer conversões é um fator crucial nos acidentes.
Nesta segunda-feira (11), o empresário Guilherme Perius, de 30 anos, registrou mais um acidente na frente do seu posto de gasolina. Local com grande fluxo de veículos, o acesso para a Rua Salim Maluf é um ponto crítico, onde a placa indicando qual pista precisa estar para acessar a rua não é respeitada.
"O problema é que tem isso todo dia, as pessoas abusam muito da velocidade, principalmente os motoqueiros andando no corredor”, disse Guilherme. Só ele enviou três registros de acidentes no mesmo local.
Edemar Gerônimo da Silva, de 37 anos, é chaveiro e a porta do seu estabelecimento de frente para a Salim Maluf e diz “fazer coleção dos vídeos de acidentes”. “Os motoristas aproveitam o corredor, geralmente em alta velocidade. Sempre faço vídeo de motociclista voando após colidir aqui”, conta.
O vendedor Lucas Skell, de 27 anos, diz que quase todos os dias recebe pessoas na loja que trabalha, mas não estão interessados em comprar acessórios de motos. “Sempre vem alguém aqui pedir imagens das câmeras de segurança para comprovar batidas. Só hoje foram dois, de acidentes que aconteceram no fim de semana”, relata.
Ao Campo Grande News, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) esclarece que o grande problema nas situações relatadas não é o corredor de transporte coletivo que, inclusive, está paralisado, mas é com o abuso da velocidade.
Como o acesso à Rua Salim Maluf é muito utilizado para os clientes de um hipermercado da Rua Brilhante, há tempos uma placa indicando onde o motorista precisa estar para virar à esquerda foi instalada, mas não é respeitada. “Antes de fazer qualquer conversão é preciso olhar os retrovisores e respeitar a velocidade da via, independente se for corredor de ônibus”, reforçou a Agetran.
Duas mortes em menos de uma semana - O suboficial da Marinha, Marcos Antônio Francisco Leal, de 57 anos, morreu na noite do dia 6, na Santa Casa. Ele estava internado em estado grave após bater a motocicleta BMW que conduzia, na traseira de uma caminhonete, na Avenida Bandeirantes, em Campo Grande, região do Bairro Vila Jacy.
Câmera de segurança de um comércio na região flagrou o exato momento da batida. O homem pilotando a motocicleta de luxo, de alta cilindrada, não consegue frear e bate no veículo. Com o impacto, a vítima chega a dar rodopios no ar antes de cair ao chão.
Já Felipe Maurício Marques, de 21 anos, que seguia numa Honda CG Fan e se envolveu em acidente com outra motocicleta, morreu na Santa Casa. O óbito foi constatado às 22h15 de ontem (10), pouco tempo depois que o rapaz deu entrada na unidade de saúde. O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Bandeirantes com a Rua Santa Helena, também na Vila Jacy, em Campo Grande. Assista, acima, o vídeo que mostra a colisão.
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