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Capital

CPI pode adiar fim após denúncias graves sobre programa de marcar consulta

Lidiane Kober e Bruno Chaves | 21/10/2013 15:20
Deputados analisam novas denúncias sobre irregularidades no sistema de saúde de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Deputados analisam novas denúncias sobre irregularidades no sistema de saúde de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Instalada em 23 de maio, a CPI da Saúde pode esticar os trabalhos após receber “denúncias gravíssimas” sobre programa contratado para, entre outras coisas, marcar por telefone consulta nos postos de saúde de Campo Grande. As supostas irregulares também motivaram a convocação, de última hora, do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), secretário municipal de Saúde na época do fechamento do contrato.

“Na reta final da CPI, surgiram documentos e denúncias gravíssimas em todos os tramites de contratação do Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde) e constatamos irregularidades que precisam ser averiguadas”, disse o presidente da CPI, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), sinalizando a necessidade de esticar a validade da comissão, que deveria encerrar os trabalhos na próxima quarta-feira (23).

Orçado em quase R$ 10 milhões, o sistema deveria ter sido concluído em um ano, mas, até dezembro de 2012, 95,4% da implantação física tinha sido realizada e 96% do projeto foi pago. No total, o Gisa possui 12 módulos, porém apenas quatro estariam funcionando e de forma precária.

Diretor-Presidente do Consórcio Telemídia e Technology International, Naim Alfredo Beydoun declarou, em depoimento anterior, que o sistema está todo implantado e que precisaria de apenas alguns ajustes para operar com capacidade total. A atual administração, por sua vez, garante que a rede da prefeitura não suporta a capacidade do software.

“Se for o caso poderemos pedir para a Justiça a devolução do dinheiro”, disse Amarildo. Com os quase R$ 10 milhões, segundo ele, seria possível dar início a construção de um hospital municipal, em Campo Grande, ou comprar 50 aparelhos de mamografia. A decisão de prorrogar ou não a investigação sairá ainda hoje, após depoimento de Mandetta.

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