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Capital

Criminosos fingem ser advogados para extorquir pessoas pelo WhatsApp

Advogados não podem entrar em contato com clientes via ligação: "A prática é uma violação ética", diz delegado

Thays Schneider | 04/05/2023 17:31
Delegado Rodrigo Camapum dá dicas para evitar esse tipo de golpe (Foto Juliano Almeida)
Delegado Rodrigo Camapum dá dicas para evitar esse tipo de golpe (Foto Juliano Almeida)

Criminosos usam nome de escritórios de advocacia para aplicar o golpe da falsa cobrança. Bandidos abordam clientes pelo Whatsapp pedindo pagamentos antecipados via Pix. Em troca, eles teriam a redução de dívidas.

Delegado Rodrigo Camapum alerta a população para não cair no golpe, cada vez mais comum em Campo Grande. "O estelionatário usa o ponto fraco das vítimas, dívidas com valores altos, e promete reduzir em 40% ou até mesmo 60% o valor a ser pago", diz.

Camapum continua dizendo que o criminoso se passa pelo advogado do escritório onde a vítima é cliente, pede documentações e fornece boletos. O público-alvo dos criminosos são idosos. "Acreditando que pessoas com mais idade não têm acesso a informações. Com propostas mirabolantes de quitação da dívida, os idosos acabam caindo no golpe", explicou.

Dezenas de boletins de ocorrências são registrados semanalmente pelo crime de estelionatário na Capital. O delegado enfatiza ainda que os criminosos andam migrando. "Ladrões que realizavam furtos e roubos estão migrando para o crime de estelionato em que a condenação é menor e o lucro é maior. A pena é de 1 a 5 anos de prisão, no caso do roubo de 4 a 10 anos. Muitas das vezes, os criminosos são de outros estados, dificultando o trabalho da polícia".

Delegado lembra ainda que o advogado contratado pelo escritório não pode entrar em contato com o cliente via telemarketing. "A prática é uma violação ética, não se pode entrar em contato 'pescando' clientes", pontua.

Camapum orienta a população sobre crimes de estelionato (Foto Juliano Almeida)
Camapum orienta a população sobre crimes de estelionato (Foto Juliano Almeida)

A dica é simples. Cliente deve sempre avaliar se o banco indicado no boleto é o mesmo onde ele possui dívidas. Ao receber mensagens ou ligações pedindo a chave Pix, não passe o CPF. Não forneça informações como senhas, dados de cartões e contas bancárias, número de documentos por telefone ou Whatsapp de empresas, instituições, escritórios de advocacia e desconhecidos. Verifique se o contato está sendo feito pelos telefones oficiais daquela instituição.

Em alguns dos casos, os criminosos obtêm acesso ao processo da vítima, verificam qual o nome do advogado responsável, passam a ligar. Nesse caso, a pessoa deve entrar em contato com o escritório e relatar o ocorrido.

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