De janeiro até março, Sesau registrou 1.253 casos de dengue em Campo Grande
Na coleta de dados realizada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a média do Lira (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti) do mês de fevereiro ficou em 1,35. O ideal, pelos parâmetros dos órgãos de saúde, é de que o levantamento fique abaixo de 1%.
Segundo o coordenador do CCZ (Coordenador Municipal de Controle de Vetores), Alcides Ferreira, o aumento do Lira é conseqüência do excesso de chuvas no mês de fevereiro e da falta de cuidados dos moradores.
“Achamos muitos depósito de lixo doméstico – latas, sacos plásticos, garrafas pet, latas de tinta, nos quintais e terrenos baldios. Também encontramos caixas d’água, tambores e bebedouros de animas expostos no chão”, disse.
Para reverter a situação, os funcionários do CCZ intensificaram os trabalhos de prevenção, orientação e eliminação dos focos da dengue nos bairros com maior infestação do mosquito. No jardim Parati e Vila Eliane, onde foram confirmados dois casos da dengue sorotipo 4, a acão da prefeitura também foi intensificada.
“Num raio de 150 metros dos locais com notificação da dengue tipo 4, eliminamos focos e depósitos, fizemos borrifação com bomba costa, providenciamos o fumacê em carros, orientamos os moradores e agilizamos a busca ativa dos casos”, orientou.
Os bairros Guanandi, Taquarussu, Vila Jaci e Lageado, na região sul de Campo Grande, têm o maior IIP (Índice de Infestação Predial), com percentual que chega a 3,1, quando o recomendado é abaixo de 1.
No período de janeiro até 12 de março deste ano, a Sesau registrou 1.253 notificações da doença, confirmados 45 e uma morte está em investigação. Já no ano passado, nos meses de janeiro e fevereiro, ocorreram 2.075 notificações, e no mês de março foram notificados 1.184 casos de dengue.