Dengue e coronavírus interferem no orçamento da saúde para 2020
No ano passado, a Sesau teve receita e R$ 1,8 bilhão e gastou R$ 1,3 bilhão com atendimento a saúde na Capital
A Prefeitura de Campo Grande gastou no ano passado o equivalente a R$ 1,3 bilhão em saúde, sendo que a maior despesa foi com assistência hospitalar ambulatorial, cerca de R$ 880.286.797,30. O avanço da dengue e aparecimento do coronavírus, no entanto, podem aumentar as despesas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em 2020.
Os dados foram apresentados na prestação de contas feita cada quatro meses pela secretaria, para acompanhamento e fiscalização das metas e destinação dos recursos da saúde de Campo Grande.
A audiência atendeu convocação da Comissão Permanente da Saúde da Câmara, onde o secretário Municipal de Saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, apresentou os principais dados em relação a receitas, despesas, investimentos e projetos da pasta para este ano.
Segundo ele a Saúde representou gastos de 28,7% do orçamento da prefeitura, enquanto o limite constitucional é de 15%. “Foi quase o dobro do que é previsto por lei, cerca de R$ 263,1 milhões a mais do que o constitucional. A receita prevista pra este ano era R$ 1,8 bi e foram gastos R$ 1,3 bi”, destacou.
“Tivemos aumento no investimento da atenção básica. A prevenção está começando a decolar. Mas, me assusta o que gastamos na ambulatorial. Se não tivermos uma atenção básica que supra nossas necessidades, haja hospital. Precisamos de uma saúde resolutiva. Enquanto não investirmos nisso, a nossa atenção terciária vai nos consumindo. A população cresce e as nossas bases permanecem”, analisou a vereadora Cida Amaral, vice-presidente da comissão.
O debate foi convocado por duas comissões: a de Saúde, que tem como presidente o vereador Lívio Viana Leite, vereadora Cida Amaral na vice-presidência e os vereadores Francisco Gonçalves, Wilson Sami e Hederson Fritz como membros, e ainda pela de Finanças e Orçamento, composta pelos vereadores Eduardo Romero (presidente), Odilon de Oliveira (vice-presidente), Wellington de Oliveira, Roberto Santana e Dharleng Campos.
Durante a audiência, o titular da Sesau explanou ainda números sobre atendimentos na rede pública de saúde, investimentos, despesas, recursos humanos e as metas a serem atingidas durante o ano de 2020. Ele lembrou, também, citando a epidemia mundial do Corona Vírus, a dificuldade em se realizar um trabalho de qualidade e ágil na área da saúde.
“Ninguém vai saber o custo da estrutura que deveremos implementar para tentar dar a melhor assistência possível para a nossa população. Quem dera podermos contar com orçamento e cumprir o orçamento sem ter necessidade de suplementação”, frisou.