Depois de 3 anos, Justiça promete “andar” com ação contra esposa de procurador
Processo com prazos longínquos foi afetado pela pandemia e até mesmo pelo feriado que comemora o Dia da Justiça
Passados mais de três anos do acidente fatal, a Justiça promete “andar” na próxima quinta-feira (dia 28) com o processo em que Cirlene Alves Lelis Robalinho, esposa de procurador do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), é ré pela morte de Verônica Fernandes, 91 anos. A idosa morreu em acidente de trânsito no dia 13 de setembro de 2017, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
Se agora chama atenção pelo prazo longínquo, o caso, no dia da morte, foi marcado pela retirada do Fiat Uno, que Cirlene conduzia, do local do acidente.
O procedimento investigatório criminal por fraude processual no trânsito contra o procurador Gilberto Robalinho da Silva foi arquivado em fevereiro de 2019 pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), prevalecendo o entendimento de que houve uma confusão.
Já o processo por crime de trânsito tramita desde 26 de outubro de 2017 na 3ª Vara Criminal de Campo Grande. Somente em abril de 2019 foi agendada data para as audiências de instrução e julgamento: elas começariam em 8 de abril de 2020.
No entanto, quando a data chegou, já estávamos em plena pandemia do novo coronavírus e foram suspensas as audiências marcadas até 30 de abril do ano passado em processos de réus soltos.
Na ocasião, a assistente de acusação requereu a redesignação da audiência porque houve cancelamento de passagem aérea, devido à pandemia. A nova data foi em 7 de dezembro de 2020. Porém, o feriado a Justiça, comemorado em 8 de dezembro, foi antecipado para o dia 7, que era uma segunda-feira.
Com o feriado prolongado, a fase de audiências foi remarcada para as 13h da próxima quinta-feira, quando serão ouvidas as testemunhas de acusação.
Indenização – A família de Verônica pede indenização de R$ 1 milhão por danos morais e materiais. A ação tramita na 13ª Vara Cível de Campo Grande
O acidente fatal foi em 13 de setembro de 2017, no cruzamento das ruas José Nogueira Vieira com a Maria do Carmo Ferro, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
Conforme testemunhas, Cirlene conduzia um Fiat Uno, quando perdeu o controle da direção, invadiu a calçada e atropelou a idosa, que morreu na hora.
Na denúncia, a promotoria informa que a condutora estava ao celular no momento do acidente. Já laudo pericial apresentado pela defesa aponta que a vítima estava em desequilíbrio e na rua quando foi atingida pelo carro.