Depois de ficar um ano na fila para transplante, jovem ganha rim do pai

Quando os rins deixam de funcionar, a única opção de tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do organismo é a hemodiálise. Uma rotina cansativa que Paulo Eduardo Aldavez Santana, mesmo jovem, com apenas 21 anos, tinha de enfrentar três vezes por semana, nos últimos doze meses.

Na fila por um transplante desde que descobriu a insuficiência renal, há pouco mais de um ano, o rapaz já estava sem esperança de ter uma vida normal novamente. Até que recebeu a notícia de que o próprio pai poderia ser seu doador. O transplante ocorreu nesta terça-feira (17), na Santa Casa de Campo Grande.

“Eu pensei que nunca mais iria sair da dependência de uma máquina. Hoje, minha esperança de viver uma vida melhor foi renovada”, disse Paulo, logo após o procedimento.

Emocionado, o pai do jovem, Ailton Santana de 43 anos, contou que apesar da busca por um doador, já sabia que ele era quem ‘devolveria’ saúde ao filho. “Eu fiquei muito feliz quando a doutora me disse que eu era compatível. Minha esposa, minha irmã e algumas pessoas da família também fizeram os testes, mas meu coração já dizia que seria eu o doador. Eu tinha quase 100% de certeza disto”, afirmou o pai.

Paulo estava com quadro de prejudicado desde o fim do ano passado, quando passou mal numa festa. Os médicos descobriram que os dois rins do rapaz já estavam comprometidos e o tratamento de hemodiálise não bastava, pois o órgão havia atrofiado e o diagnóstico era irreversível.

“Ele trabalhava, era ativo, mas devido à gravidade ficou “encostado” recebendo benefício e dedicando-se a hemodiálise. Agora com o transplante, tenho certeza que as coisas vão mudar pra melhor”, conta Ailton.

De acordo com a Santa Casa, ambos estão se recuperando bem. O doador deve receber alta nesta sexta-feira (19). Já Paulo Eduardo, está correspondendo bem ao tratamento, porém ainda não há previsão de quando irá para casa. 

(com informações da Santa Casa)