Depois do irmão, policial que desviou pistola de delegacia é demitido
A arma tinha sido apreendida em 2014 e fazia parte de inquérito policial em andamento na 2ª DP
O policial civil Márcio André Molina Azevedo foi demitido após conclusão de PAD (Processo Administrativo Disciplinar). Ele era lotado na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande. A demissão assinada pelo secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (22).
Em 2022, durante as buscas autorizadas pela Justiça contra André e outros policiais civis de Ponta Porã, que na ocasião eram investigados por suspeita de corrupção e tráfico de drogas, agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) encontraram na casa do investigador uma pistola calibre .40, desviada da delegacia.
A arma tinha sido apreendida em 2014 e fazia parte de inquérito policial. Além da pistola, os policiais apreenderam um revólver calibre 38 estragado, munições, carregadores e um cartucho de fuzil. Na ocasião, no pedido de relaxamento de prisão, a defesa do policial reconheceu que a pistola fazia parte de procedimento em andamento na 2ª DP, mas alegou que ele pegou a arma a título de empréstimo.
O irmão de Márcio, o ex-subtenente Silvio César Molina Azevedo, também era polícia e foi expulso da PM (Polícia Militar) em março do ano passado. Silvio foi alvo da Operação Laços de Família da PF (Polícia Federal) em 25 de junho de 2018. Em dezembro de 2022, o ex-PM foi condenado a 61 anos, 11 meses e 21 dias de reclusão, pelos crimes de tráfico de maconha e lavagem de dinheiro.
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