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Capital

Dono da boate que degolou e queimou prostituta vai a júri, 4 anos depois

Comparsa também é julgado no tribunal do júri

Izabela Sanchez | 22/09/2017 14:02
Fernando e José Carlos, acusados de espancarem, degolarem e queimarem Viviane (Divulgação/MPE)
Fernando e José Carlos, acusados de espancarem, degolarem e queimarem Viviane (Divulgação/MPE)

No banco dos réus do júri popular desta sexta-feira (22) são julgados Fernando dos Reis e José Carlos Silva, acusados de terem ateado fogo e assassinado Viviane Rodrigues Matos, à época com 31 anos, em Campo Grande, no dia 6 de setembro. Viviane trabalhava como garota de programa e foi espancada, degolada e queimada na 'boate paraíso', na Chácara dos Poderes.

Fernando é o proprietário da 'boate' e é acusado pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) de articular o crime com o comparsa. Por trás do assassinato brutal, explica o MPE, havia uma discussão 'por razões ínfimas'. "Então, os réus Fernando e José Carlos resolveram 'dar-lhe um corretivo', tendo se dirigido até seu quarto e passaram a agredi-la de forma brutal, com chutes, socos e golpes com um cassetete de madeira", explica.

"Ato contínuo, os denunciados conduziram a vítima totalmente indefesa e sangrando ao local em que o corpo da mesma foi encontrado, momento em que o réu Fernando segurou a cabeça da vítima para que José Carlos lhe desferisse um golpe de faca no pescoço, causando-lhe a morte", complementa. Fernando tinha 24 anos quando cometeu o crime e José Carlos, 26.

Comprou dois litros de gasolina

À época, o delegado Fábio Sampaio, responsável pelas investigações, descobriu que o proprietário da boate comprou dois litros de gasolina em um posto de combustível.

Ele foi flagrado por uma câmera de segurança.
Fernando estava certo de que não seria ligado ao crime, e, à época, chegou a colaborar com os policiais. Ele permitiu acesso irrestrito à boate, atendia todas as ligações e ainda prestou quatro depoimentos na 3ª Delegacia de Polícia.

Quando o delegado apresentou as evidências, Fernando afirmou: “Pensava que vocês não iam esclarecer nunca este crime, por isso não falei a verdade”. Ele acabou confessando o crime e a causa do assassinato. “Foi um crime brutal”, espantou-se o delegado. A bolsa de Viviane e a faca usada no crime também foram encontrados no percurso.

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