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Capital

Donos de loja de celulares suspeitos de comprar joias furtadas são soltos

Irmãos de 33 e 39 anos pagaram fiança de R$ 1,5 mil cada e devem manter estabelecimento fechado por 90 dias

Ana Paula Chuva | 03/08/2023 12:52
Irmãos entrando na 3ª Delegacia de Polícia Civil quando foram presos (Foto: Divulgação | PCMS)
Irmãos entrando na 3ª Delegacia de Polícia Civil quando foram presos (Foto: Divulgação | PCMS)

A juíza Eucelia Moreira Cassal concedeu liberdade provisória aos dois irmãos, de 33 e 39 anos, presos por suspeita de receptar joias furtadas e comercializá-las em uma loja de celulares e acessórios localizada na Vila Alba, em Campo Grande, na última terça-feira (1°). Os empresários passaram por audiência de custódia nesta quinta-feira (3).

Os irmãos foram presos durante investigação da 3ª Delegacia de Polícia Civil da Capital. Conforme apurado pelo Campo Grande News, a polícia chegou ao local após uma mulher confessar ter vendido uma joia roubada na loja dos suspeitos. Os investigadores então foram até a empresa.

No local, funcionava uma assistência técnica e compra e venda de ouro. Em um segundo espaço, que a polícia acredita se tratar de esconderijo para objetos furtados, foi encontrado ainda um revólver calibre 38, com numeração raspada e munições intactas. Os irmãos confessaram que compravam e revendiam as joias, mas quando eram de pequeno valor, não perguntavam a procedência.

Sobre o revólver, ambos disseram se tratar de uma herança de família que provavelmente pertencia ao avô deles, no entanto, não sabiam nada sobre as munições. Já a respeito da joia comprada da mulher que fez a denúncia, um deles afirmou se lembrar de ter adquirido e o pagamento ter sido feito em dinheiro, porém não pediu nenhum documento de comprovação da origem.

Segundo a Polícia Civil, o local também já era investigado pela venda de celulares furtados desde novembro de 2022, já que dois aparelhos subtraídos de vítimas teriam sido rastreados e a localização apontou para a loja dos irmãos. Sobre este fato, eles disseram que quando os investigadores estiveram no local, ainda naquele ano, os objetos não estavam mais na loja.

Os policiais então pediram que eles localizassem o comprador, que foi achado um dia depois e os aparelhos foram devolvidos à vítima. Eles foram presos em flagrante e prestaram depoimento na companhia de um advogado. O Camaro encontrado no local pertence a um dos irmãos.

Camaro apreendido na casa pertencia a um dos irmãos (Foto: Divulgação | PCMS)
Camaro apreendido na casa pertencia a um dos irmãos (Foto: Divulgação | PCMS)

Hoje, a juíza concedeu a liberdade provisória aos irmãos por entender que os fatos foram praticados sem violência ou grave ameaça. Além disso, os dois são réus primários, têm residência fixa e não há indícios de que soltos prejudicarão o andamento da instrução criminal. No entanto, eles devem comparecer em todos os atos do processo e manter o endereço atualizado nos autos.

Bem como devem pagar fiança de R$ 1,5 mil cada e estão proibidos de exercer atividade de natureza econômica ou financeira “quanto a compra e venda de metais preciosos e de aparelhos eletrônicos usados”, devendo manter a loja, localizada na Vila Alba, fechada por 90 dias ou até nova decisão judicial.

Joias, relógios, celulares e arma apreendidos na loja dos irmãos (Foto: Divulgação | PCMS)
Joias, relógios, celulares e arma apreendidos na loja dos irmãos (Foto: Divulgação | PCMS)

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