Dupla faz roleta russa na cabeça de vítima e leva joias
Suspeitos armados ainda agrediram três mulheres após invadirem o imóvel
Idosa teve arma apontada para a cabeça e foi alvo de "roleta-russa" durante assalto ao imóvel dela, no Bairro Santa Fé, em Campo Grande. Os suspeitos ainda agrediram três mulheres que estavam na casa, fugindo com 300 dólares e R$ 80 mil em joias. O crime aconteceu no dia 13 de setembro, mas os fatos só foram divulgados nesta segunda-feira (23) após a prisão da dupla.
Na data do crime, duas mulheres, funcionárias da casa, lavavam a calçada e foram abordadas por dois homens. Imagem da câmera de segurança divulgada pela Polícia Civil mostra o momento em que eles chegam. Além das funcionárias, uma delas grávida de sete meses, a proprietária, de 65 anos, também estava na casa. "Com extrema violência os autores passaram a agredir fisicamente as vítimas, inclusive a grávida", discorre a nota da Polícia Civil.
Para obter informações sobre a existência de um cofre, miraram a arma na cabeça da idosa. "Passaram a realizar método de tortura conhecido como roleta-russa, tendo como alvo a cabeça da idosa". Roleta-russa é um jogo de azar em que um cartucho é colocado em uma das câmaras do revólver. O tambor é girado e fechado, para que a localização do projétil seja desconhecida. O atirador, então, aponta o revólver para a cabeça do alvo e dispara.
Após a tortura, a dupla fugiu com 300 dólares, joias avaliadas em R$ 80 mil, celulares e um automóvel da proprietária do imóvel, sendo abandonado logo em seguida no Bairro Giocondo Orsi.
Prisão - Ao tomar conhecimento do caso, a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) começou as diligências para identificar e prender os autores. Na quinta-feira (19), um deles foi preso no momento em que tentava fugir para Cuiabá. O rapaz tem 20 anos e passagem por tráfico de drogas. À polícia, confessou o crime e afirmou que agiu em razão de ter contraído uma dívida por causa de drogas com o outro autor, de 25 anos.
Este segundo suspeito foi identificado e cumpria pena em regime semiaberto. "Os policiais identificaram que W.P.S. trabalhava, mediante convênio com o sistema penitenciário, em uma empresa localizada em um bairro nobre, e no horário do almoço e em intervalos para o descanso saía para monitorar imóveis residenciais a serem roubados", discorre a nota.
Na sexta-feira (20), o segundo suspeito foi preso no local de trabalho. Ele estava com considerável quantia de dinheiro, proveniente da venda das joias. Com ele, os policiais recuperaram, ainda, um celular pertencente a uma das vítimas e apreenderam a camiseta utilizada no dia do crime.
Segundo o apurado pela DERF, o revólver utilizado, calibre 357, foi vendido para que posteriormente fosse adquirida uma pistola calibre 9mm, com a qual daria continuidade aos roubos, especificamente em outro imóvel localizado no mesmo bairro. "Os autores foram presos em flagrante pela prática de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo e concurso de agentes e, também, por tortura qualificada em razão de ter sido praticada contra idoso".
O Poder Judiciário aceitou o pedido da prisão preventiva no sábado (21), durante audiência de custódia. As investigações continuam com o intuito de recuperar as joias roubadas e apreender a arma de fogo utilizada no crime.
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