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Capital

Dupla foge da Gameleira durante princípio de motim

Policiais penais conseguiram evitar a fuga de outros três presos

Adriano Fernandes e Anahi Zurutuza | 27/06/2022 21:06
Entrada do presídio da Gameleira em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Entrada do presídio da Gameleira em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)

Os detentos Nelson Cordeiro Junior, de 26 anos, e Marcos Henrique Menezes Rodrigues, de 19, fugiram do Centro Penal Agro-Industrial Gameleira, na tarde do último domingo (26), em Campo Grande. A dupla conseguiu escapar durante um princípio de motim.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, ao serem levados de volta para a cela após um banho de sol, cinco presos de uma mesma cela que cumpriam medida disciplinar  avançaram sobre os policiais penais. Três foram contidos, um deles até se feriu ao tentar pular o alambrado com concertinas.

Nelson Cordeiro. (Foto: Direto das Ruas) 
Nelson Cordeiro. (Foto: Direto das Ruas)

Já Nelson e Marcos conseguiram escapar. Buscas foram realizadas na parte externa do presídio, mas eles não foram localizados. Ainda conforme apurado pela reportagem, ontem, apenas setes policiais cumpriam o plantão de serviço na unidade prisional.

Relatório da fuga ao qual o Campo Grande News teve acesso aponta que as torres de vigilância do presídio de regime semiaberto estão desativadas e que há "vulnerabilidades de segurança". Um alambrado com 5 metros de altura é uma das principais barreiras, que separam os presos da área externa.

Ontem, os agentes não tinham apoio da Polícia Militar ao redor da unidade ou do Grupo Operacional da Agepen, ainda conforme apurado pela reportagem. Um aumento no efetivo de segurança do presídio é uma reivindicação antiga dos servidores, que atuam na unidade.

Marcos Henrique Menezes. (Foto: Direto das Ruas) 
Marcos Henrique Menezes. (Foto: Direto das Ruas)

“A Gameleira é uma unidade superlotada e o número de servidores é muito baixo. O sindicato tem cobrado um número maior de efetivo para as unidades prisionais e uma capacitação para uso de porte de arma para todos os servidores o mais rápido possível. Falta segurança”, comenta o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Luiz Santiago.

O sindicato informou que vai à unidade para fazer novo levantamento das condições de trabalho.

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