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Capital

É impossível achar em Campo Grande fogos que não perturbam animais

Neste ano, a Prefeitura vetou o uso de fogos de artifícios em eventos municipais

Bruna Pasche | 15/12/2018 09:42
A venda de kits para a queima de fogos do Réveillon já começou a aquecer o comércio local. (Foto: Henrique Kawaminami)
A venda de kits para a queima de fogos do Réveillon já começou a aquecer o comércio local. (Foto: Henrique Kawaminami)

Se depender do comércio de Campo Grande, o barulho do show de brilho no céu, principalmente, no final do ano, ainda não tem previsão para acabar. Mesmo com o reforço da necessidade de substituir esse tipo de produto, depois de decreto que proíbe o uso de fogos de artifício em eventos realizados pelo poder público municipal, o comércio local ainda não vende os fogos silenciosos.

Em outubro, a Prefeitura de Campo Grande proibiu fogos de artifícios em eventos promovidos pelo município, porque assusta os animais. Recentemente, São Paulo e Florianópolis também divulgaram que o tradicional show pirotécnico da virada contará este ano com fogos de artifícios silenciosos.

Mas por aqui esta realidade está longe, já que as principais lojas que comercializam fogos de artifícios na cidade, não disponibilizam este modelo.

Na Pirafogos, o vendedor Jefferson Barbosa, explicou que são comercializados dois tipos de fogos: os estampidos ou de tiro, como são conhecidos, que são os fogos sonoros que apenas emitem barulho e os de cor que explodem no céu e são os mais vendidos nesta época. Tanto um quanto o outro emitem o som, que varia dependendo da potencia dos fogos.

Jefferson explicou que apesar do decreto, a movimentação na loja não caiu e aumenta até 100% neste mês. (Foto: Henrique Kawaminami)
Jefferson explicou que apesar do decreto, a movimentação na loja não caiu e aumenta até 100% neste mês. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Depois do decreto o pessoal até chega perguntando se tem algum tipo sem barulho e quando digo que não, eles acabam levando os normais. Como a lei é só para eventos municipais, os particulares continuam soltando os fogos. Agora em dezembro, por exemplo, nós temos uma alta de 100% nas vendas, esgotamos os estoques, só esta semana vendemos 10 kits de Réveillon”, disse.

Na época da publicação do decreto, o Chefe do Executivo afirmou ainda que iria ver como poderia estender a proibição para eventos privados. Segundo ele, um dos impedimentos em estender para eventos privados é legislação federal que trata sobre livre iniciativa privada. O assunto está em discussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que já promoveu audiência e prepara um projeto de lei a respeito do assunto.

Na casa de fogos mais antiga da Capital, Brasfogos, as vendas começam a aquecer a partir do dia 20 deste mês, véspera de natal. “Nós também só trabalhamos com esses dois tipos, vendemos a avulso ou no kit que pode variar de R$ 45 a R$ 3 mil. Sobre o barulho nós fazemos algumas recomendações como não soltar os fogos próximos a residências e também a prédios, porque muitas vezes a pessoa solta e esquece que pode estourar bem na janela de uma pessoa e que em prédios também tem animaizinhos”, concluiu.

A venda de fogoso de artifícios é proibida para menos de 18 anos e as recomendações de segurança é que principalmente, que for manusear o produto, não tenha ingerido bebida alcóolica e esteja focado no que está fazendo.

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