Efeitos do "feriadão" aparecem e casos de covid começam a cair na Capital
Se quantidade continuar em redução, estabilidade é prevista a partir de 30 de abril
As duas semanas do “feriadão” imposto pela Prefeitura de Campo Grande e pelo Governo de Mato Grosso do Sul à população entre 22 de março e 4 de abril mostra agora que começa a fazer efeito, com redução real de casos e internações por covid-19 registradas na Capital.
Dados do levantamento semanal dos pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Leandro Sauer e Erlandson Saraiva revela que a partir do fim de abril – caso os números continuem caindo, o que depende da diminuição de circulação do vírus – a quantidade de confirmações começa a ficar estável.
O pico previsto para 30 de abril, segundo os pesquisadores, é o chamado ponto de inflexão, a partir do qual espera-se que a notificação diária de casos confirmados passe a diminuir.
Ao menos da semana passada para cá, já foi possível verificar o declínio nos números – efeito das restrições impostas entre 22 de março e 4 de abril – com médias móveis menores que em datas anteriores.
Para se ter uma ideia, ontem – último dia da análise semanal – a média móvel do número de casos foi 30,25% menor que em 4 de abril, quando o total diário de confirmações estava em 453,86. Agora está em 316,57. A redução é mais tímida se comparada com duas semanas atrás, em 28 de março, quando a média estava em 374,14 ocorrências por dia.
Em relação às internações, o feriadão também surtiu efeito, com queda leve, mas real. O número de pacientes internados passou de 642 em 04 de abril para 599 ontem, só na Capital. Redução de 6,70%, ou o mesmo que 43 casos. Quando se trata apenas de pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a queda foi de 9,57%, saindo de 303 internados em 4 de abril para 274 ontem.
Óbitos – os dados de ontem, se comparados com o coletados até 4 de abril – uma semana atrás – mostra redução de 11,24% nas mortes por covid-19 em relação ao registrado ontem. Saíram de média de 22,86 casos ao dia para 20,29. Já se comparado com o dia 28 de março – duas semanas atrás – o número ainda está alto, com aumento de 9,26% ao que foi registrado na época, que era de 18,57 óbitos diários.