Em dois meses, Prefeitura precisou da Justiça para entrar em 95 imóveis
No mesmo período, foram encontrados 1,1 mil focos do mosquito durante vistorias, segundo balanço divulgado nesta sexta
A Prefeitura de Campo Grande contabilizou, de dezembro do ano passado até a terceira semana de janeiro, 1.198 focos de mosquitos na Capital. O balanço das ações de controle da dengue, chikungunya e zika vírus, publicado nesta sexta-feira (29) pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), aponta também que 95 imóveis foram abertos com a utilização de alvará judicial. Em 18% destes imóveis foram encotrados focos do Aedes aegypti.
O relatório apresenta dados dos meses de dezembro do ano passado e janeiro, até a terceira semana. Dos 125.624 domicílios, comércios e pontos estratégicos visitados, em dezembro, os agentes encontraram 755 focos.
Já neste mês, dos 55.849 locais inspecionados, a Prefeitura registrou 443 focos. Durante as visitas, o agentes fazem, além do tratamento focal com larvicida, a divulgação de material educativo na prevenção da saúde e divulgação dos trabalhos.
Segundo o boletim do município, em dezembro, 29 imóveis foram abertos com a utilização de alvará judicial. Neste mês, 34 imóveis foram abertos e vistoriados, onde os depósitos de larvas foram eliminados, vasos sanitários e ralos vedados e passaram pela aplicação larvicida.A média diária é de 5 casas abertas por dia com esta medida.
A equipe de combate ao mosquito Aedes aegypti, que utiliza cinco caminhões e duas pás carregadeiras, retirou de terrenos baldios 208 caçambas de lixo,em dezembro, e 285, em janeiro. Os trabalhos são feitos com a participação da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e do Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso do Sul).
Já os bairros apontados com maior proliferação das doenças, a Prefeitura informa que se valeu do recurso de borrifação com bomba montada sobre veículo, o conhecido fumacê. O serviço percorreu por 5.769 quarteirões, em dezembro, e 5.622 na primeira quinzena de janeiro, um trabalho que acabou interrompido, segundo a fonte oficial, pelas condições climáticas.
Casas fechadas, terrenos baldios, casos de suspeita de focos, empresas irregulares, móveis fechados para aluguel ou venda são tipos de denúncias que a prefeitura tem recebido. No mês passado, a Sesau recebeu 643 denúncias em dezembro e 494 nas primeiras semanas de janeiro.
Finalmente, também conforme dados do boletim da prefeitura, o Exército Brasileiro, parceiro no combate à epidemia, recolheu 26.208 pneus, em dezembro, e 15.444, em janeiro.