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Capital

Em falta há dois anos, antibióticos básicos voltam à rede pública

Licitação deserta e atraso na entrega são explicações da Sesau sobre o "sumiço" dos medicamentos

Por Cassia Modena | 06/05/2024 11:12
Farmácia em frente à unidade de saíde na Capital é opção para quem pode pagar por medicamentos que estão em falta (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Farmácia em frente à unidade de saíde na Capital é opção para quem pode pagar por medicamentos que estão em falta (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Amoxicilina e azitromicina são antibióticos básicos, que ficaram "sumidos" das unidades de saúde de Campo Grande por dois anos. Segundo confirmou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta segunda-feira (6), o estoque dos dois medicamentos agora está regularizado.

Como explicação para ficarem tanto tempo em falta, a pasta cita problemas com licitação e entrega atrasada.

"Tais medicamentos apresentavam faltas por diversos motivos, dentre eles a dificuldade de se realizar um processo licitatório, que, por diversas vezes, resultou em deserto, e pelo atraso na entrega dos carregamentos pelas empresas vencedoras do pregão", justifica.

Na relação mais recente sobre o estoque de medicamentos que são de sua responsabilidade comprar, de março deste ano, a Sesau aponta que três apresentações da amoxicilina estavam zeradas e havia somente a opção de pó para mistura em água.

Já quanto à azitromicina, a situação estava melhor. Havia comprimidos e suspensão em pó para uso oral. Faltava o antibiótico em pó para suspensão injetável.

"Cabe reforçar que o estoque de ambos medicamentos, neste momento, está regularizado, e que, de acordo com o último levantamento, a Rede Municipal de Medicamentos (Remume) está com 86% dos medicamentos em estoque, o que resulta em um investimento que quase R$ 8,5 mi empenhados em remédios somente no ano de 2024", finaliza a pasta, em nota.

Problema antigo - Desde 2015, tramita na Justiça uma Ação Civil Pública proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) para tentar resolver o problema da falta constante de medicamentos na rede pública de Campo Grande.

A atual secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, foi convocada para falar sobre a falta de medicamentos na Câmara Municipal em 15 de abril. Na data, prometeu resolver o problema em até 40 dias.

“A maioria são anti-hipertensivos e antibióticos. Hoje chegou carregamento diosmina (para circulação). Fiz o diagnóstico e todos os procedimentos burocráticos. Temos cinco licitações em fase final, para a compra de 90 medicamentos diferentes. Quatro atas abertas de registro de preços para a compra de 69 medicamentos e fase de assinatura para 24 medicamentos adquiridos por meio de pregão”, afirmou aos vereadores.

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