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Capital

Em greve, professores lotam Câmara Municipal e buscam reunião com prefeita

Professores pedem que vereadores façam a intermediação e agendem reunião com Adriane Lopes

Silvia Frias e Karine Alencar | 08/12/2022 10:01
Professores lotam plenário da Câmara Municipal em dia de sessão. (Foto: Karine Alencar)
Professores lotam plenário da Câmara Municipal em dia de sessão. (Foto: Karine Alencar)

Em mais um dia de paralisação, os professores se concentram na Câmara Municipal de Campo Grande para que os vereadores tentem agendar reunião com a prefeita Adriane Lopes. A partir desse esperado encontro, os profissionais devem traçar novas estratégias sobre a greve, que começou dia 2 de dezembro.

Na terça-feira (6), o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) considerou a greve dos professores ilegal e determinou o pagamento de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Ontem, a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) foi oficiada da decisão, mas a categoria manteve a paralisação.

Nesta manhã, os professores afixaram faixas em frente da Câmara Municipal. O plenário está lotado, no aguardo do início da sessão ordinária desta quinta-feira.

Presidente da ACP, Lucilio Nobre, esta manhã, na Câmara Municipal. (Foto: Karine Alencar)
Presidente da ACP, Lucilio Nobre, esta manhã, na Câmara Municipal. (Foto: Karine Alencar)

Segundo Nobre, os professores tiveram reunião na terça-feira com vereadores, que formaram comissão para intermediar reunião com Adriane Lopes. Ontem à tarde, grupo de manifestantes chegou a ir até a prefeitura, mas não conseguiu discutir a greve.

O presidente da ACP diz que hoje a categoria vai cobrar esse encontro prometido pela comissão dos vereadores. À tarde, os professores vão até as escolas onde as atividades não foram paralisadas para entregar panfletos aos pais e colegas, explicando os motivos da manifestação.

Na segunda-feira (12) haverá outra assembleia, às 8h, para discutir os próximos passos da categoria e, à tarde, vão tirar novas ações, caso não consigam a reunião com a prefeita. “Tudo vai depender do que vamos conseguir hoje”, disse Nobre.

A categoria também espera que a decisão judicial seja revertida. Segundo ele, um recurso foi impetrado para tentar suspender a ilegalidade e a multa aplicada pelo TJ. Na ação, ainda não consta a atualização com essa contestação.

A Reme (Rede Municipal de Ensino) tem 205 unidades escolares, sendo 99 de ensino fundamental e 106 Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil), com 108,2 mil alunos.

No levantamento da ACP, 113 escolas estão com atividades suspensas por conta da greve, e as demais com suspensão parcial.

Levantamento feito foi 113 e as demais parcialmente e as demais 89 não estavam totalmente mas estavam mobiliadas.

Faixa afixada em frente à Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Karine Alencar)
Faixa afixada em frente à Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Karine Alencar)

Entenda - A greve dos professores foi deflagrada na sexta-feira (2). A decisão ocorreu após a Prefeitura de Campo Grande entregar como proposta reajuste de 4,78% e mais um auxílio de R$ 400, sendo essa a última tentativa por parte do sindicato.

Conforme previsto em uma tabela de aumento escalonado, aceita pelos professores após negociações e definida pela Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste deveria ser de 10,39% para dezembro. O piso é R$ 3,3 mil por 20h, e com o reajuste integral o salário dos professores vai para 3,8 mil.

A prefeita Adriane Lopes foi taxativa em dizer que não é possível conceder o reajuste.

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